ANÁPOLIS GOIÁS
VIGÍLIA FRANCISCANA
Atualizado em 20/03/2024 - 10:33

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) pediu desculpas a autoridades de Israel por declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniram nesta terça-feira (19) com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e com o presidente israelense, Isaac Herzog, em visita oficial a Jerusalém.

“Peço desculpas em nome do meu povo, de nós, brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação, a mais desastrosa possível, agredindo o povo judeu”, afirmou Ronaldo Caiado.

Veja o que disse o governador Ronaldo Caiado:

Os dois governadores foram à Israel por convide de Netanyahu, em meio à repercussão internacional causada por críticas de Lula (PT) à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Na ocasião, o presidente afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Netanyahu disse que os governadores “são bons amigos de Israel” e que está feliz de recebê-los em Israel. Durante a visita oficial, Ronaldo Caiado visitou o Memorial Nova Party, em homenagem aos israelenses mortos no 7 de outubro. “Toda a minha solidariedade ao povo israelense e aos familiares e amigos que foram duramente castigados por essa tragédia”, escreveu o governador.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi convidado para ir a Israel, mas não pode viajar para fora do país por estar com o passaporte apreendido pela Polícia Federal, no âmbito da operação Tempus Veritatis.

Ofensiva de Israel

A comunidade internacional têm demostrado preocupação em relação às ofensivas israelenses em Gaza. No fim de fevereiro, soldados de Israel disparam contra uma multidão de palestinos que esperavam para receber comida de uma missão humanitária, matando 104 pessoas.

No último dia 20, a Organização das Nações Unidas (ONU) acusou Israel de cometer crimes de guerra ao privar a população palestina de ajuda-humanitária e acesso a alimentos e água potável.

Conforme a ONU, pelo menos 210 mil pessoas estão em estado de inanição no norte do território palestino. O uso da fome como método de guerra e sua aplicação a toda uma população constituem crimes de guerra.

“O estado de fome, inanição e fome é resultado das enormes restrições impostas por Israel à entrada e distribuição de ajuda humanitária e mercadorias comerciais, do deslocamento da maior parte da população, bem como da destruição de infraestruturas civis vitais”, disse o alto comissário da ONU, Volker Türk.

 

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