ANÁPOLIS GOIÁS
MANHÃ DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 28/10/2023 - 13:28
Mulher palestina anda entre os destroços na Faixa de Gaza (Foto: Mustafa Hassona / Getty Images)

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (27), com 120 votos favoráveis, a proposta de resolução sobre a guerra no Oriente Médio apresentada pela Jordânia, nação árabe que faz fronteira com Israel. O texto foi assinado por 39 países com assento no colegiado e pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”.

A aprovação vem depois da recusa de uma proposta semelhante, feita pelo Brasil e que só foi recusada pelos Estados Unidos. Para a aprovação de um texto apresentado em caráter emergencial na Assembleia Geral, são necessários os votos de dois terços dos países. Outros 14 países votaram contra a proposta e 45 se abstiveram.

O documento pede ainda “a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro”. A Assembleia Geral da ONU reúne os representantes de 193 países-membros da organização. As resoluções da Assembleia Geral não funcionam como uma ordem, representando mais um gesto político.

Entre os países favoráveis à proposta na votação de hoje estão Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Já Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra.

Mais cedo, a proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, por não condenar o Hamas e por não citar o termo reféns, referindo-se às mais de 200 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro pelo grupo que controla a Faixa de Gaza.

Proposta

Além da liberação de civis e trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU pede que as partes cumpram com o direito internacional, que os civis da Faixa de Gaza tenham acesso aos bens e aos serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos, e que se anule a ordem de Israel para evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino.

Por fim, a resolução afirma que “uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas e do direito internacional e com base na solução de dois Estados”.

Para entender mais sobre as origens da guerra acesse a matéria da Rádio São Francisco sobre o assunto.

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