ANÁPOLIS GOIÁS
MANHÃ DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 09/01/2024 - 18:12
Movimentos contrários ao consumo de carne canina vêm crescido no país (Foto: Reprodução / Yonhap)
Movimentos contrários ao consumo de carne canina vêm crescido no país (Foto: Reprodução / Yonhap)

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira (9) a lei que proibirá o consumo de carne de cachorro. A partir de 2027, a pena será de dois anos de prisão ou multa de 30 milhões de wons (equivalente a R$ 110 mil) para quem criar, distribuir ou vender cães para consumo humano.

O texto foi aprovado com 208 votos a favor e duas abstenções, a norma prevê o pagamento de subsídios para que os trabalhadores do ramo encontrem outras profissões. Ativistas a favor dos direitos dos animais têm relatado há anos as condições em que os cães são mantidos em fazendas de carne.

A Coexistence of Animal Rights on Earth (CARE) é uma das organizações que promovem ações de resgate e conscientização no país. Então, é deste grupo a autoria do vídeo que mostra filhotes de cachorro em uma fazenda de Incheon, cidade do noroeste da Coreia do Sul.

Confira:

Consumo em declínio

Conforme estatísticas do governo, existem cerca de 1.150 fazendas de carne canina na Coreia do Sul. Há também 34 açougues, 219 distribuidores e aproximadamente 1.600 restaurantes que vendem alimentos com carne de cachorro.

Apesar disto, o hábito de consumir a carne canina vem diminuindo nas últimas décadas, sendo comumente relacionado às pessoas mais velhas. O apoio à proibição cresceu ainda mais desde que o presidente Yoon Suk-yeol adotou seis cães e oito gatos. A primeira-dama, Kim Keon Hee, é contra o consumo de carne canina.

Um problema ainda maior

Conforme a Humane Society International, o consumo e a venda de carne canina não se limitam à Coreia do Sul e são comuns na maior parte dos países da Ásia: China, Filipinas, Tailândia,  Laos, Vietnam, Camboja, Indonésia e Região de Nagaland, na Índia. Há também registros do consumo de carne de cachorro na África: Gana, Camarões, República Democrática do Congo e Nigéria.

*Com informações da Yonhap.

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