ANÁPOLIS GOIÁS
MANHÃ DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 27/10/2023 - 17:51

O Censo Demográfico de 2022 teve novos resultados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme os dados, as mulheres são maioria em todas as grandes regiões do Brasil, pela primeira vez em cinco décadas de pesquisa.

O país tem uma população residente de pouco mais de 203 milhões. Deste total, 51,5% são mulheres e 48,5%, homens. O que significa que existem 6 milhões de mulheres a mais que homens. O IBGE contabiliza apenas o sexo biológico atribuído no nascimento.

Como a instituição não realiza pesquisas específicas em relação a pessoas transsexuais, não é possível mensurar o impacto desta população no número total de homens e mulheres.

Dados de Anápolis

A cidade de Anápolis chegou a 398 mil pessoas no Censo de 2022, um aumento de 19,18% em comparação aos dados de 2010. Deste total, 51,52% (205 mil) são mulheres e 48,48% são homens (193 mil). A densidade demográfica é de 426,24 pessoas por quilômetro quadrado e vivem em média 2,79 pessoas em cada domicílio.

“Razão de sexo”

O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens.

Em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres. Porém, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. Já no Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.

Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.

“As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães.

Unidades da Federação

A análise por Unidades da Federação mostra que o Rio de Janeiro é o que tem a maior proporção de mulheres. A razão de sexo do estado é de 89,4 homens para cada 100 mulheres. São 16 milhões de habitantes. Deste total 52,8% são mulheres e 47,2% são homens. As outras unidades federativas com maior proporção de mulheres são o Distrito Federal (91,1), Pernambuco (91,2), Sergipe (91,8) e Alagoas (91,9).

O Mato Grosso lidera a lista de estados com maior proporção de homens. A razão de sexo é 101,3 homens para cada 100 mulheres. São 3,6 milhões de habitantes, 49,7% de mulheres e 50,3% de homens. Apenas outros três estados do país têm predomínio masculino na população: Roraima (101,3), Tocantins (101,3) e Acre (100,2).

Municípios

O Censo 2022 também leva em consideração o sexo da população em cada município. E os números mostram que o número de habitantes em cada um deles influencia diretamente na diferença entre homens e mulheres. Quanto mais populosos, maior é a presença feminina.

Nos municípios com até 5 mil habitantes, a razão de sexo é, em média, de 102,3 homens para cada 100 mulheres. Entre 5 mil e 10 mil habitantes, o indicador fica em 101,4. Entre 10 mil e 20 mil, 100,3. As mulheres começam a ser maioria naqueles que têm entre 20 mil e 50 mil: razão de sexo é 98,4.

Entre 50 e 100 mil, 96,2. Entre 100 mil e 500 mil, 93,3. Para os municípios que possuem mais de 500 mil, o indicador é 88,9.

Lista das cidades

Na lista dos municípios brasileiros com a maior proporção de homens, nove dos dez primeiros são do estado de São Paulo. O líder é Balbinos, que fica na região de Bauru, e tem 443,64 homens para cada 100 mulheres. Na sequência vêm Lavínia-SP (286,63), Pracinha-SP (250,27), Iaras-SP (209,51), Álvaro de Carvalho-SP (204,5), Pacaembu-SP (195,35), São Cristóvão do Sul-SC (184,57), Florínea-SP (181,92), Serra Azul-SP (178,54) e Marabá Paulista-SP (165,72).

“Esse número maior de homens vai acontecer em muitos municípios com uma população carcerária grande. Ela é contada por meio dos domicílios coletivos no Censo Demográfico e, em Balbinos e outros municípios principalmente de São Paulo, a razão de sexo vai ser muito alta por causa dessa população que vive em presídios masculinos”, disse Izabel Guimarães.

Entre os municípios com menor razão de sexo, o destaque é Santos, em São Paulo, com 82,89 homens para cada 100 mulheres. Logo vêm Salvador-BA (83,81), São Caetano do Sul-SP (84,09), Niterói-RJ (84,53), Aracaju-SE (84,81), Recife-PE (84,87), Olinda-PE (84,89), Porto Alegre-RS (85,24), Vitória-ES (86,18), Águas de São Pedro-SP (86,45).

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