O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados detalhados sobre o grau de instrução dos brasileiros. O destaque do desdobramento aborda o crescimento em quase três vezes da proporção de pessoas com nível superior completo ao longo do século, de 2000 até 2022, ano do último Censo realizado.
Entretanto, os dados levantados pelo Censo Demográfico 2022: Educação: Resultados Preliminares da Amostra tratam também sobre outros assuntos que cerceiam o tema da educação. Inclusive, o instituto trouxe que as mulheres apresentaram maior “sede” de conhecimento ao longo dos anos em comparação com os homens, ao desagregar as informações sobre nível de instrução por sexo.
Ensino superior em alta
De 2000 a 2022, entre a população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção de pessoas que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes. No início do século, a taxa era de 6,8%, enquanto os números mais recentes apontam crescimento para 18,4%.
Nesse período, em contrapartida, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%. Além disso, a população nessa faixa etária com nível “Médio completo e superior incompleto” cresceu de 16,3% para 32,2% entre 2000 e 2022, enquanto as pessoas com “Fundamental completo e médio incompleto” passaram de 12,8% para 14,0%.
Os números apontam uma prioridade maior dos brasileiros com relação aos estudos, principalmente com relação a necessidade de realizar um curso superior para melhor adequação ao mercado de trabalho.
Mulheres estudam mais que os homens no Brasil
Em 2022, as mulheres apresentaram maior nível de instrução do que os homens. Entre as brasileiras com 25 anos ou mais, 20,7% tinham nível superior completo. Portanto, uma a cada cinco mulheres obtiveram graduações acadêmicas.
Quando recortado para o campo dos homens da mesma faixa etária, a proporção era de apenas 15,8%. Os dados apontam que, no Brasil, as mulheres estudam mais que os homens, invertendo o cenário oriundo dos últimos séculos.
Já a proporção da população com 25 anos ou mais, sem instrução e com fundamental incompleto, era de 37,3% entre os homens e 33,4% entre as mulheres.
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