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Atualizado em 22/04/2024 - 13:44

O empresário Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos, está preso por suspeita de registrar cenas íntimas por meio de uma câmera escondida instalada em um banheiro de uma casa. De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) o imóvel era alugado por Francismar, que também é proprietário de uma empresa de energia solar. O homem foi preso nesta sexta-feira (19).

Em entrevista à Rádio São Francisco FM, a delegada Aline Lopes Cardoso afirmou que a denúncia chegou à Polícia Civil por meio da família de uma adolescente de 16 anos.

“Essa adolescente ouviu um barulho quando estava em casa. Ao verificar, ela encontrou o proprietário da casa [Francismar] dentro do banheiro. Ele fugiu logo em seguida, e assustado, não soube justificar porque estaria ali. A vítima ficou desconfiada, procurou e acabou encontrando uma câmera escondida na tomada do banheiro“, diz a delegada ao repórter Jonathan Cavalcante.

A partir disso, a família procurou a Polícia Civil que solicitou perícias na casa. Então, foi confirmado que, de fato, havia uma câmera escondida na tomada do banheiro. “Nessa câmera já havia cartão de memória, onde foram armazenadas imagens dos moradores tomando banho. Essa câmera, inclusive, registrou o próprio Francismar ajustando o ângulo da câmera”, continua Aline Lopes.

Câmera estava instalada na tomada do banheiro da residência (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Câmera estava instalada na tomada do banheiro da residência (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Delegada diz que há suspeita de que o empresário tenha instalado câmeras escondidas em outras residências

A Polícia Civil acredita que ele foi até a residência, mesmo depois de alugada, para ajustar o ângulo, para que ele pudesse captar melhor as imagens dos moradores tomando banho.

“Nós então colhemos outros elementos, vários depoimentos, descobrimos que ele atuava no ramo de instalação de energia solar, de placas de energia solar. Por isso ele tinha acesso ao interior de várias residências, o que leva a Polícia Civil a crer que podem haver novas vítimas“, complementa a titular da DPCA.

Além disso, diversos dispositivos eletrônicos na residência do empresário serão periciados para confirmar se há mais conteúdo pornográfico envolvendo, inclusive, outras vítimas.

“Ele irá responder pelo crime do artigo 240 do ECA, cuja pena pode chegar até a oito anos de prisão, inicialmente, nós iremos apurar-se à ocorrência de outros crimes, e ele já se encontra recolhido à disposição do Poder Judiciário”, finaliza a delegada Aline Lopes.

A divulgação da imagem do investigado foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria normativa n° 02/2020/DGPC e portaria n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados pelo indivíduo.

Plantão Policial

Ouça, na íntegra, a entrevista com a delegada Aline Lopes e confira outros detalhes divulgados no Plantão Policial neste sábado (20):

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