ANÁPOLIS GOIÁS
SHOW DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 26/08/2024 - 10:56
Especialistas orientam a população a redobrar os cuidados com a saúde nesse período (Foto: Mário Sérgio/Cedida à São Francisco FM)
Especialistas orientam a população a redobrar os cuidados com a saúde nesse período (Foto: Mário Sérgio/Cedida à São Francisco FM)

Desde o último domingo (25), os moradores de Anápolis amanheceram sob uma densa nuvem de fumaça, uma situação que se estendeu por quase todo o estado de Goiás. O climatologista e professor Eduardo Argolo, explicou os principais fatores por trás desse fenômeno, que tem preocupado a população. A tendência é que a fumaça comece a se dissipar a partir de quarta-feira (28).

“Minha primeira análise indicou que houve um deslocamento dessa fumaça através de uma massa de ar frio que veio do Uruguai e da Argentina, e ela está lentamente subindo,” explica Argolo em entrevista ao jornalista Jonathan Cavalcante, da São Francisco FM.

Segundo ele, essa massa de ar frio, ao passar pelo sudeste do Brasil, empurrou a fumaça em direção ao Centro-Oeste. Argolo também destacou o papel das queimadas na Amazônia e em Goiás.

“Aliado às fumaças da Amazônia, e às muitas queimadas aqui no estado de Goiás, essas duas interações contribuíram para a formação da nuvem de fumaça,” afirma o climatologista.

Embora o especialista considere a massa de ar frio o principal fator, ele destaca que não devemos descartar as queimadas na Amazônia como uma causa significativa.

Nuvem de fumaça encobriu o céu de Anápolis no domingo (Foto: Yan Montarroyos)
Nuvem de fumaça encobriu o céu de Anápolis no domingo (Foto: Yan Montarroyos)

Impacto nas condições meteorológicas e de saúde

O professor Eduardo Argolo alerta para a possibilidade de a fumaça ficar aprisionada na região, devido a uma possível inversão térmica. “Se houver uma inversão térmica, essa fumaça pode ficar aprisionada, o que é terrível para a região,” alerta.

Em resumo, a inversão térmica ocorre quando uma camada de ar frio se posiciona abaixo de uma camada de ar quente, impedindo a dispersão de poluentes e agravando a qualidade do ar.

Essas condições são agravadas pelo baixo índice de umidade relativa do ar, típico do período seco em Goiás. Desse modo, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a baixa umidade contribui para o aumento dos problemas respiratórios.

Portanto, o Cimehgo orienta a população a redobrar os cuidados com a saúde, como manter-se hidratado e evitar a exposição prolongada ao ar livre, especialmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.

Quando a fumaça vai embora?

A previsão, de acordo com o Cimehgo, é que a fumaça comece a se dissipar a partir de quarta-feira (28). A dispersão será gradual, e as condições devem melhorar nos dias seguintes, dependendo do comportamento das massas de ar que influenciam a região.

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