O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, nesta sexta (31), os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os números revelam um panorama detalhado do mercado de trabalho no Brasil no último trimestre de 2024, com aumento significativo na quantidade de brasileiros ocupados pelo país.
A população empregada atingiu 103 milhões no quarto trimestre, um crescimento de 2,8% no ano. A taxa de desemprego reduziu significativamente para 6,2%, ante 7,4% no mesmo período do ano anterior, sinalizando uma recuperação consistente do mercado de trabalho.
“Na pandemia, chegamos a ter 83 milhões de pessoas na condição de ocupadas. Quatro anos depois, temos um crescimento de praticamente 20 milhões de pessoas ocupadas”, afirma a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy.
O setor privado registrou 39,2 milhões de empregos com carteira assinada, representando um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este número significa aproximadamente 1,3 milhão de novas vagas formais, um indicativo da gradual recuperação econômica pós-pandemia.
Desafio da informalidade
Já o número de empregos sem carteira assinada apresentou crescimento mais acentuado, aumentando 5% no período e chegando a 14,2 milhões. O quantitativo se soma ao número de trabalhadores que atuam por conta própria, que é de 26 milhões de brasileiros, e apresentou estabilidade no período de recorte da Pnad Contínua.
Juntos, as categorias representam o trabalho informal registrado no Brasil, abrangendo 38,6% da população ocupada. O cenário reflete, contudo, desafios no mercado brasileiro, mesmo com a formalidade também apresentando crescimento.
Setores em alta
Segundo a Pnad Contínua, entre os setores que tiveram aumento nos postos de trabalho no período estão a indústria geral (3,2%), a construção (5,6%) e o comércio (2,8%).
Também apresentaram alta as atividades de transporte, armazenagem e correio (5,2%) e alojamento e alimentação (4,2%). Informação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,7%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%) completam a lista.
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