ANÁPOLIS GOIÁS
MISTURA 97
Atualizado em 09/11/2024 - 10:18
foto de vista de bairro em Anápolis
O IBGE elencou novos critérios para definir favelas e comunidades urbanas (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco)

Pode até parecer estranho, mas Anápolis tem mais de sete mil habitantes morando em favelas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados informados são um suplemento do Censo Demográfico de 2022 e foram divulgados na última sexta (8). O complemento reúne informações que abrangem as comunidades urbanas, sua população e domicílios de todo o país.

Mais precisamente, o município reúne 7.477 cidadãos distribuídos em 2.723 domicílios nas regiões elencadas. A quantidade representa 1,87% da população total de Anápolis, uma porcentagem bem abaixa da média observada pelo Censo em território nacional, que foi de 8,1%.

Os bairros e setores os quais o IBGE classifica como favelas em Anápolis são seis, ao todo: Novo Paraíso I e II, Vila João XXIII, Ocupação no Trecho da Rede Ferroviária Federal, Bordon e Jardim Esperança. A última, localizada na saída para Gameleira de Goiás, inclusive, detém a maior parcela da população nestas comunidades urbanas, com 4.471 anapolinos.

No que tange Anápolis, impressiona a idade mediana nestes bairros, que é de 28. O número representa que a metade da população tem até 28 anos, e a outra metade tem 28 ou mais. Para se ter um comparativo, a idade mediana das favelas e comunidades no geral é de 30, enquanto o Brasil como um todo marca 35.

Favelas em Anápolis?

Pelo senso comum, muitos devem classificar como favelas apenas as aglomerações populares realizadas em encostas de morros, como as popularizadas na cidade do Rio de Janeiro. Porém, o IBGE trouxe um modelo de enquadramento mais universal para representá-las.

Na visão dos pesquisadores do Instituto, quatro características definem favelas e comunidades urbanas no Censo de 2022. São elas: insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrições ou riscos ambientais.

Até o Censo de 2010, o IBGE adotava outras formas de classificação, portanto, os pesquisadores advertem no comparativo entre os dados das duas. Afinal, os avanços técnicos entre os 12 anos que separam as pesquisas resultaram no mapeamento de áreas não identificadas antes e no melhor ajuste de limites para os respectivos espaços.

Brasil: Rocinha no topo

foto da favela da rocinha, no rio de janeiro
Mais conhecida por um motivo: a Rocinha segue sendo a maior favela do país (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por fim, a favela mais conhecida do país segue sendo a maior e mais populosa: a Rocinha, na capital fluminense. Os dados do Censo apontam que o bairro reúne cerca de 72 mil moradores em mais de 30 mil domicílios, liderando nos dois quesitos.

Se a Rocinha fosse uma cidade, seria a 459ª maior do Brasil, país que conta com 5.570 municípios.

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