ANÁPOLIS GOIÁS
A VOZ DO BRASIL
Atualizado em 18/01/2024 - 18:28
Delegado Jorge Bezerra (à esquerda) e o delegado Luiz Carlos Cruz (à direita) coordenaram a Operação Las Vegas (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco FM)
Delegado Jorge Bezerra (à esquerda) e o delegado Luiz Carlos Cruz (à direita) coordenaram a Operação Las Vegas (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco FM)

O Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic), da Polícia Civil de Anápolis, deflagrou nesta segunda-feira (8), a Operação Las Vegas. A ação cumpriu nove mandados de prisão, 16 mandados de busca, o sequestro de oito veículos, seis imóveis e mais R$ 27 milhões obtido pelo grupo criminoso durante três anos. Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, o grupo investigado é composto por empresas especializadas na venda de títulos de capitalização, com sede em Anápolis. Portanto, no esquema, os criminosos fraudavam os sorteios e contrataram ganhadores de fachada. Assim, não pagavam os prêmios de alto valor.

“Eram quatro empresas especializadas em vender títulos de capitalização com a promessa de prêmios, sorteios de prêmios. Porém, essas empresas, ao invés de pagar os altos prêmios, de 300, 400, 700 mil reais, eles contratavam ganhadores fakes, ganhadores de fachada, e não pagavam prêmios para absolutamente ninguém”, afirma o delegado Luiz Carlos Cruz.

Estúdio de gravação das divulgações que eram publicadas nas redes sociais (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Estúdio de gravação das divulgações que eram publicadas nas redes sociais (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Além disso, o grupo criminoso contratava celebridades para fazer propaganda dos sorteios, a fim de passar credibilidade no mercado. Entre os contratados para as publicidades estão apresentadores de TV, dançarina, cantor, atores e jornalistas. Amado Batista, Sheila Melo e Geraldo Luis são alguns dos artistas que faziam as propagandas.

“A maior sede desse grupo foi identificada em Anápolis, trata-se de um prédio residencial que estava sendo utilizado comercialmente por essa empresa. Desse modo, também encontramos um estúdio em que as gravações eram realizadas”, cita Luis Carlos Cruz em entrevista à Rádio São Francisco FM. clique e assista.

Operação também passou pela região de Pirenópolis (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Operação também passou pela região de Pirenópolis (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Membro do grupo comprou fazenda avaliada em R$ 12 milhões

Segundo a Polícia Civil, as fraudes ocorriam nas empresas Ana Prêmios, Ana Brasil de Prêmios, Rede de Prêmios e a Vitrine de Prêmios.

De acordo com o Grupo Especial de Investigação Criminais (GEIC) um dos presos adquiriu uma fazenda de luxo, com cachoeira exclusiva. “Verificamos que esse grupo obteve pelo menos nos últimos dois anos, R$ 27,6 milhões. E um chefes desse grupo, adquiriu nos últimos meses uma fazenda em Pirenópolis, pelo valor de R$ 12 milhões de reais”, pontua o delegado.

“Tudo começou quando recebemos uma denúncia anônima. Dessa forma, fomos verificar e saltou aos olhos a falsidade desse grupo, as investigações avançaram e nós deflagramos a Operação Las Vegas”, finaliza.

Bombeiros foram chamados para resgatar os animais que estavam na fazenda e dar o destino à instituição competente (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Bombeiros foram chamados para resgatar os animais que estavam na fazenda. Então, os militares deram o destino à instituição competente (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Plantão Policial

As primeiras informações da operação foram divulgadas em primeira mão no Plantão Policial, logo no início da manhã desta segunda-feira (8):

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