Mírian Márcia Teixeira relata que nesta segunda-feira (25) estava no portão de sua casa em Planalmira e se preparava para vir a Anápolis, quando olhou para o pé de limão carregado no quintal e lembrou de colher alguns. Não levou mais de cinco minutos para encher a sacola e logo ela estava na estrada. “Foi um livramento. Eu fui salva porque voltei para pegar limão”, refletiu Mírian.
O que ela encontrou no caminho foram as marcas da tragédia no km 419 da BR-414, próximo a Abadiânia, entre Corumbá e Anápolis, da qual por pouco Míriam escapou. “Eu faço esse caminho todos os dias praticamente. Fiquei sem movimento, pensando no que poderia ter acontecido”, disse.
Mírian considera insuficiente a sinalização no local do acidente, onde ocorriam obras horas antes. “Aquele trecho é muito complicado. É uma ladeira com uma curva. Eu sempre ando atrás de caminhões na BR-414, o cheiro de pneu queimado é muito forte”, contou a mulher.
O acidente
Um engavetamento na BR-414 envolvendo vários veículos e deixou quatro mortos na manhã desta segunda-feira (25) entre Anápolis e Corumbá de Goiás. Segundo testemunhas, uma carreta carregada de calcário perdeu os freios no topo de uma ladeira. Assim, o veículo pesado teria descido pela rodovia sem controle, destruindo os carros que estavam no caminho.
A Ecovias do Araguaia, concessionária que administra o trecho, informou que a BR-414 foi liberada por volta das 19h30. O bloqueio começou por volta de 11h25 de segunda-feira (25), pouco depois do acidente.