ANÁPOLIS GOIÁS
SÃO FRANCISCO NEWS
Atualizado em 09/12/2024 - 10:59
foto da fachada do distrito agroindustrial de anápolis, o daia.
Daia busca ampliação em virtude dos 50 anos do distrito (Foto: Divulgação/Codego)

Em abril deste ano, o governo estadual lançou uma expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) em virtude dos 50 anos do parque industrial que serão completados em 2026. O Daia 5.0, assim batizado, disponibilizou o edital DaiaPlam para empresas se candidatarem aos novos espaços abertos e busca atuar em três frentes: expansão, regularização fundiária e modernização.

Porém, uma avaliação recente do presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas de Goiás (Sindifargo) trouxe cautela às expectativas em relação ao projeto. Segundo Marçal Henrique Soares, a indústria de medicamentos em Anápolis tende a não ampliar de forma consistente nos próximos anos. Ele aponta a Reforma Tributária, com efeitos previstos para 2026, como o principal obstáculo.

O posicionamento do presidente do Sindifargo está restrito às empresas do setor farmacêutico, sem considerar outros segmentos. Ainda assim, ele destaca que os desafios trazidos pelas mudanças tributárias podem impactar negativamente diversas indústrias. Marçal afirma que, sem incentivos substanciais, não há perspectiva de transferência de parques industriais do Sudeste para o Centro-Oeste.

“É inimaginável que uma empresa de grande porte seja removida de uma região para outra”, afirma Marçal Henrique. O argumento também se aplica no sentido inverso. O representante ressalta, ainda, que as indústrias farmacêuticas permanecerão em Anápolis, já que estão consolidadas em um parque industrial estrategicamente localizado. “De cada 10 medicamentos mais vendidos no Brasil, seis são fabricados no DAIA”, completou.

O entrave seria, justamente, para a chegada de novas empresas de remédios ao Daia, que busca uma expansão exponencial para os próximos dois anos.

Mão de obra

A falta de mão de obra qualificada e a evasão de trabalhadores também foi tratada como fator para a diminuição da intensidade no setor farmacêutico. Marçal cita, inclusive, que o problema afeta todo o país, mas que a região Sudeste ainda computa meios de se sobressair: “as indústrias dos grandes centros como São Paulo, passaram a recrutar colaboradores aqui em Goiás”, justificou.

Ele alega que a tendência é de um agravamento da falta de mão de obra, com a oferta sendo insuficiente mesmo com cursos profissionalizantes. A saída, para Marçal Henrique Soares é a automação, ou seja, a introdução cada vez mais acentuada de máquinas para substituir a ação humana.

Porém, conforme frisa, poucas empresas teriam capacidade para automatizar seus processos de produção a curto e médio prazo.

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