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De acordo com a denúncia, Christiano Mamedio estava bêbado e dirigia a Amarok a 104 km/h (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
De acordo com a denúncia, Christiano Mamedio estava bêbado e dirigia a Amarok a 104 km/h (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Nesta quarta-feira (28), a partir das 8 horas da manhã, o empresário Christiano Mamedio da Silva enfrentará o Tribunal do Júri no Fórum de Anápolis. Ele é acusado de duplo homicídio, lesão corporal grave e embriaguez ao volante, após um crime de trânsito ocorrido em 3 de outubro de 2020. O caso ganhou grande repercussão e será o primeiro crime de trânsito a ir a Júri Popular na cidade.

O crime de trânsito aconteceu quando Christiano, dirigindo uma Amarok, avançou o sinal vermelho em um cruzamento da Avenida Brasil Sul e colidiu com uma F-4000 carregada de tijolos.

A colisão resultou na morte de Emanuel Felipe Pires Martins, de 15 anos, e Eurípedes Tomé da Costa Filho, de 26 anos, que estavam dentro do caminhão. O motorista Fabiano Mendonça da Silva sobreviveu, mas sofreu ferimentos graves.

Empresário Christiano Mamedio da Silva será julgado no mês de agosto em Anápolis (Foto: Jonathan Cavalcante e Reprodução/Redes Sociais)
(Foto: Jonathan Cavalcante e Reprodução/Redes Sociais)

Defesa de Mamedio acredita na absolvição

Em declaração à Rádio São Francisco FM nesta terça-feira (27), a defesa de Christiano Mamedio afirmou que espera a “absolvição, ou, no mínimo, a desclassificação do homicídio para culposo”.

Inicialmente, a defesa do empresário tentou recorrer da decisão, buscando a desclassificação dos crimes e a absolvição do réu. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a acusação de condução de veículo sob efeito de álcool, reconhecendo o dolo eventual, ou seja, quando o acusado assume o risco de causar a morte de alguém ao adotar uma conduta perigosa.

Clamor por justiça

Michelle Pires, mãe de Emanuel Felipe, uma das vítimas, expressou suas emoções em entrevista ao jornalismo da São Francisco 97.7 FM.

“É óbvio que vai ter uma emoção, uma comoção, porque eu vou reviver tudo. Quando você vê que a justiça começa a ser feita, porque você não pode ser omisso. Portanto, o meu filho Emanuel, ele saberia que eu faria exatamente o que eu estou fazendo”, disse ao repórter Jonathan Cavalcante.

“O pior dia da minha vida foi o dia em que eu tive que fechar o caixão do Emanuel. Então encontrar com o autor, que continua livre pela cidade, é de longe o maior dos problemas pra mim”, afirma Michele Pires.

Segundo o promotor de Justiça Eliseu Antônio da Silva Belo, o empresário Christiano Mamedio da Silva assumiu o risco – dolo eventual – de produzir qualquer resultado que “adviesse do mais que previsível acidente de trânsito que, infelizmente, acabou ocorrendo graças à sua impressionante indiferença com a vida alheia”.

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