Novas informações revelam que Paulo Roberto Braga vivia em condições precárias. O idoso falecido aos 68 anos foi levado pela sobrinha até um banco para tentar fazer um empréstimo de R$ 17 mil. Conforme apuração do jornal O Globo, ele vivia sozinho em um cômodo de apenas quatro metros quadrados e dependia de doações dos vizinhos.
“Tio Paulo”, como está sendo chamado pelos internautas após a repercussão do caso, morava num quarto improvisado, em um espaço que parece ter sido construído para ser uma garagem. O espaço sem reboco e com chão de terra batida não possuía janelas, nem guarda-roupa.
O idoso contava apenas com um vaso sanitário coberto com uma colcha de tecido, uma escrivaninha e uma cama precária. A pouca ventilação do cômodo vem de um buraco no chão, coberto por uma lona.
O local frio e úmido está tomado por mofo e é totalmente inadequado para uma pessoa com saúde fragilizada, como era o caso do idoso.
Segundo vizinhos, “Tio Paulo” recebia poucas visitas. O homem era solitário, tinha problemas com álcool e não comia bem. Um morador revelou que era comum a vizinhança reunir doações para ajudar Paulo a sobreviver.
Estado caquético
Estão circulando nas redes imagens do dia anterior ao crime, em que “Tio Paulo” aparece vivo porta de um centro comercial de Bangu, no Rio de Janeiro. É possível ver que Paulo empurra a porta do estabelecimento.
O cadáver foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML), onde a análise concluiu que o idoso estava estado caquético, extremamente magro e enfraquecido. A causa da morte apontada foi uma broncoaspiração, provocada pelo engasgo com algum alimento.
“Tio Paulo” esteve internado devido a uma pneumonia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu. Ele deu entrada no dia 8 de abril e ficou internado até o dia 15, um dia antes da morte. O prontuário aponta que Paulo chegou ao hospital com dificuldade de andar e falar. Ele precisou de aparelhos para ajudar a respiração e teve queda na pressão arterial.