ANÁPOLIS GOIÁS
VIGÍLIA FRANCISCANA
Atualizado em 24/08/2023 - 12:23
Professor de educação física foi preso pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto ilustrativa: Agência Senado - Getty Images / iStockphoto)
Professor de educação física foi preso pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto ilustrativa: Agência Senado - Getty Images / iStockphoto)

Está preso um professor de educação física, de 58 anos, investigado por importunar sexualmente alunas com idades de 12 e 13 anos, em Anápolis. Além de tocar os seios e as nádegas das meninas, o professor pedia nudes e também intimidava as adolescentes para que ficassem em silêncio sobre os fatos. A prisão ocorreu na tarde dessa quarta-feira (23).

Em entrevista à Rádio São Francisco FM, a delegada Kênia Dutra Segantini diz que o professor é investigado em outros três inquéritos policiais por crimes sexuais contra menores. Então, a policia verificou o indicativo da prática do crime de estupro de vulnerável, que levou ao pedido de prisão feito ao Poder Judiciário.

“Esse professor sempre dava alguma desculpa quando repassavam denúncias para a direção da escola. Nas reuniões ele justificava que não tinha interesse sexual e que era uma atitude despretensiosa da parte dele. Com isso, ele acabava convencendo as famílias e ficava impune“, disse a delegada ao repórter Jonathan Cavalcante.

A Polícia Civil de Goiás não autorizou a divulgação do nome e da foto do professor investigado. Eventuais novas vítimas podem procurar a delegacia para o registro da ocorrência.

Barganha de notas, silêncio e abusos do professor

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apurou que cada vez que alguma adolescente reclamava da conduta do professor de educação física, ele era transferido de unidade, mas a prática continuava.

 “Há relatos que em uma das unidades, a adolescente praticou automutilação, constatada em exame de corpo de delito. Da mesma forma, outra adolescente parou frequentar a escola e só retornou com o afastamento do professor”, afirma Kênia.

Além disso, a DPCA apurou que o professor conseguia o silêncio das vítimas com barganha de notas. “Ele tinha alguns alunos bastante favoráveis e outros que ficavam com receio de terem prejuízo na escola, e com isso o silêncio foi se perpetuando”, finaliza a delegada.

Durante busca e apreensão, a polícia apreendeu celulares e computadores do investigado. No momento da prisão o suspeito optou por ficar em silêncio. Dessa forma, o professor de educação física segue preso temporariamente pelo prazo de 30 dias, com a possibilidade da prorrogação dessa prisão.

Plantão Policial

Ouça a entrevista com a delegada e saiba mais detalhes no Plantão Policial divulgado nesta quinta-feira (24):

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