Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é uma das figuras brasileiras mais influentes e controversas na atualidade. Antes de ingressar como ministro, o jurista atuou como promotor, presidente da antiga Febem-SP e também em outros cargos do governo de São Paulo, além do âmbito federal.
Atualmente, o ministro está em ‘rixa’ com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Nos Estados Unidos, o parlamentar licenciado buscar punições a pessoas que, em sua avaliação, “violam os direitos humanos no Brasil”. Seu principal alvo é Alexandre de Moraes.
A trajetória de Alexandre de Moraes
Nascido em 1968, Moraes é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde também obteve doutorado e livre-docência. Sua carreira começou no Ministério Público de São Paulo, em 1991, onde rapidamente ganhou destaque. Passou por cargos no governo de Geraldo Alckmin e integrou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2016, assumiu o Ministério da Justiça no governo Michel Temer, que o indicou para o STF em 2017, após a morte do ministro Teori Zavascki. Na época, a indicação de Moraes foi aprovada no plenário do Senado por 55 votos a 13.
‘Tretas’ como ministro do STF
No Supremo, Moraes ganhou notoriedade ao assumir, em 2019, a relatoria do Inquérito das Fake News, criado para investigar a disseminação de informações falsas e ameaças às instituições democráticas. O inquérito se expandiu para abranger investigações sobre milícias digitais, atos antidemocráticos e manifestações golpistas. O ministro adotou medidas rigorosas como prisões de parlamentares e bloqueios de perfis em redes sociais.
Sua atuação o colocou em confronto direto com o bolsonarismo. O ex-presidente chegou a chamá-lo de “canalha” e ameaçou não cumprir suas decisões. Moraes também comandou ações rigorosas no Tribunal Superior Eleitoral contra a desinformação eleitoral, contribuindo para a inelegibilidade atual de Bolsonaro.
Além do cenário nacional, Moraes protagonizou embates internacionais, como a disputa com o bilionário Elon Musk. O dono da rede social X se recusou a cumprir ordens do STF para suspensão de perfis investigados. Também enfrentou o Telegram, que teve bloqueios temporários no Brasil por não atender decisões judiciais.
Enquanto seus defensores o elogiam como um guardião da democracia e da Constituição, críticos apontam risco de concentração de poder e questionam métodos. Especialmente a condução de inquéritos sem a provocação do Ministério Público e o uso de medidas coercitivas. Independente, Alexandre de Moraes já se firmou como uma das figuras mais poderosas e decisivas do Judiciário brasileiro seja como defensor da ordem democrática ou alvo de críticas por possíveis excessos