ANÁPOLIS GOIÁS
CONEXÃO SERTANEJA
Atualizado em 23/05/2025 - 12:44
Imagens do inquérito apontam suposto vínculo do prefeito com os portais difamatórios (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco)

A Prefeitura de Anápolis divulgou nota oficial após a repercussão das investigações conduzidas pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC) no que tange à página ‘Anápolis na Roda’. Nesta sexta-feira (23), foram expostas imagens, que compõem o processo, com evidências de um grupo de WhatsApp supostamente chefiado pelo prefeito Márcio Corrêa e que tinha a presença de dois nomes envolvidos no caso.

Segundo o conteúdo da investigação, obtido por veículos de imprensa, o prefeito teria atuado em conjunto com o ex-secretário de Comunicação, Luís Gustavo Rocha, e o ex-diretor de Comunicação da Presidência da Câmara, Denílson Boaventura. Ambos foram presos na Operação Máscara Digital na semana anterior. A ação da Polícia Civil (PC) apura crimes contra a honra a partir de publicações das páginas ‘Anápolis na Roda’.

As acusações se baseiam em conversas extraídas pelo software Materializador de Evidências Digitais e Informáticas (MEDI). Desenvolvido pelo CyberGaeco, o programa identificou ao menos 800 arquivos relacionados às ações do grupo. Vale pontuar que a tecnologia usada é a mesma do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, dos Estados Unidos da Américas (EUA).

Imagem consta no inquérito da Polícia Civil (Foto: Obtida pela Rádio São Francisco)

“Café com Pimenta”

Em uma dessas conversas no grupo “Café com Pimenta”, Márcio Corrêa sugere diretamente a publicação de conteúdo ofensivo contra a médica e ex-aliada política Marcela Pimenta. “Bora soltar essa no Anápolis na Roda 3?”, teria enviado o prefeito, ao que Boaventura responde: “Sim, [vamos] cutucar ela”. Elysama Aires, outra que foi presa no âmbito da ação policial, não fazia parte deste grupo em questão.

Além de Pimenta, as páginas do ‘Anápolis na Roda’ expunham conteúdos difamatórios contra cidadãos de Anápolis dos mais variados segmentos. Conforme notificado pelo GEIC, dezenas de boletins de ocorrências foram registrados contra os perfis do Instagram.

Ainda conforme a apuração, o grupo operava com pouca precaução digital, sem o uso de mensagens temporárias ou criptografia, o que permitiu à Polícia Civil acessar o conteúdo. O caso foi remetido ao Tribunal de Justiça de Goiás, dado que o prefeito possui prerrogativa de foro.

(Imagem: Obtida pela Rádio São Francisco)

Pronunciamento da Prefeitura de Anápolis

Por fim, após dias de silêncio, a Prefeitura decidiu se manifestar por meio de nota enviada à Rádio São Francisco. No comunicado, a administração afirma ainda não ter sido notificada acerca do assunto. A Operação Máscara Digital foi deflagrada no dia 16 de maio. Abaixo, confira o texto enviado pela gestão municipal:

“O Município de Anápolis informa que até o momento não foi notificado a respeito de nenhum assunto desta natureza.”

A reportagem aguarda posicionamento da defesa dos demais envolvidos.

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