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Atualizado em 01/02/2025 - 10:19
foto de ônibus da urban em trânsito por anápolis
Consumidores reclamaram de postura dos motoristas em relatos ao São Francisco News (Foto: Samih Zakzak/Rádio São Francisco)

As férias estão se prolongando para os alunos que moram no distrito de Joanápolis, mesmo com as aulas já em andamento na rede municipal. A ausência em sala foi ocasionada pelo transporte coletivo de Anápolis na última quinta-feira (30), com o motorista alegando falta de troco e se recusando a transportar os jovens, segundo denúncia recebida pela Rádio São Francisco 97FM.

“Em Joanápolis, se perder o ônibus das 6h30 da manhã, eles perdem a aula também. Então a turma ontem perdeu aula porque ele [o motorista] simplesmente fez eles descerem, pois não tinha troco”, relata Flávia Arruda, que presenciou a situação. Na esteira da denúncia, outras surgiram durante o São Francisco News desta sexta-feira (31), com moradores relatando o mesmo problema.

“Eu estava com 50 reais. Ele não tinha troco e mandou eu (sic) descer”, conta Marina Sena, relatando outro caso de falta de troco nos ônibus da Urban. Inclusive, ela cita que perdeu consulta no médico em decorrência do fato.

A ação praticada pelos motoristas fere diretrizes do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo a lei federal, uma empresa não pode se recusar a prestar um serviço ou vender um produto simplesmente por falta de troco.

Caso contrário, a empresa, neste caso a Urban, deve oferecer alternativas para atender o consumidor na falta de troco, como:

  • Oferecer outras formas de pagamento
  • Conceder um crédito para próxima compra
  • Arredondar o valor para baixo
  • Buscar uma solução que não prejudique o consumidor

O Procon Anápolis frisa que, em situações como as citadas, o consumidor deve procurar o órgão (pessoalmente ou pelo Zap da Prefeitura) para formalizar a denúncia.

Acúmulo de funções

A principal motivação para a negativa de transporte pela falta de troco descamba no acúmulo de funções por parte do motorista, que também atua como cobrador. A junção de ocupações, que começou em 2020, sobrecarrega o único funcionário presente no ônibus.

Portanto, tal sobrecarga escancara situações como as citadas. Afinal, utilizar outras formas de pagamento ou ter o valor contado da passagem facilitaria o trabalho do motorista, que não teria de parar para fornecer o troco ao consumidor.

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