O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na noite deste domingo (17), em pronunciamento de rádio e TV, o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia. Conforme o ministro, o anúncio foi possível devido à melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o infectologista Marcelo Daher, a iniciativa do governo federal é positiva.
Queiroga também informou que nos próximos dias será editado um ato normativo sobre a decisão. O ministro pontuou que, apesar de a situação ter melhorado, a medida tomada não significa o fim da covid-19. “Continuaremos convivendo com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros, em total respeito à Constituição Federal”, ressaltou Queiroga.
Medida positiva
Para o infectologista Marcelo Daher, a iniciativa do governo federal é positiva, pois a aplicação dos recursos, inclusive os que eram dedicados somente à pandemia devem ser aplicados em outras áreas sociais.
“Não se trata de questão política, mas de questão lógica de utilização dos recursos. Não temos mais hospitais de campanha, já estamos vivendo uma situação muito tranquila em relação a doença que claramente permite a retirada de uma situação emergencial”, afirma.
Mudanças
De acordo com o ministro, o país aplicou 476 milhões de doses de vacina. Segundo ele, mais de 73% dos brasileiros já completaram o esquema vacinal contra a covid-19 e 71 milhões receberam a dose de reforço, o que, segundo Queiroga, representa, quase três quartos da população.
Com a medida, perde-se o Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) que é considerado o nível máximo de risco da doença no Brasil e que haverá uma nova portaria, para que o governo possa estabelecer um prazo, de 30 a 90 dias para a adaptação dos órgãos públicos que poderás afetar medidas de prevenção para os profissionais de saúde como por exemplo o uso de máscara.