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Atualizado em 14/05/2025 - 11:21
foto do tamanduá bandeira, espécie típica do cerrado
A fauna goiana abrange uma quantidade variada de animais que podem estar em risco de extinção (Foto: Projeto Bandeiras no Corredor)

Espécies ameaçadas de extinção podem estar desaparecendo em silêncio em Goiás, sem reconhecimento oficial. Para enfrentar essa realidade, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou uma consulta pública voltada à comunidade científica, com o objetivo de criar a primeira lista estadual de espécies em risco. Pesquisadores têm até 12 de junho para contribuir com informações, com foco inicial em abelhas e demais invertebrados.

Hoje, Goiás depende exclusivamente da lista nacional de espécies ameaçadas, produzida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O problema é que essa abordagem ampla pode não captar diferenças regionais. Ou seja, uma espécie que não está em risco no país como um todo pode estar seriamente ameaçada em uma área específica, como o Cerrado ou outro bioma regional.

Para preencher essa lacuna, a Semad está promovendo um mapeamento inédito da fauna local. A expectativa é avaliar cerca de 1,7 mil espécies de vertebrados, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Além disso, outras 900 espécies de invertebrados, entre elas libélulas, aracnídeos, moscas e, especialmente, abelhas estão inclusas na observação.

Boto-do-Araguaia é uma das espécies mais ameaçadas de extinção (Foto: Semad)

Como participar

A participação está aberta exclusivamente para especialistas, por meio do sistema BioData, uma plataforma criada para armazenar e cruzar dados da biodiversidade goiana. No site, é possível acessar a lista de espécies em análise, clicar sobre cada uma delas e preencher a aba de contribuições com dados científicos disponíveis.

Todo o material enviado será avaliado por especialistas e poderão embasar o processo de categorização do risco de extinção em Goiás. O levantamento segue a metodologia da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)..

Próximos passos

Neste momento, o acesso ao BioData é restrito a gestores e pesquisadores cadastrados. A previsão é que, após a conclusão do processo de avaliação, o sistema seja aberto ao público, funcionando também como uma base de dados sobre a biodiversidade do estado. A consulta termina em 12 de junho, e a Semad reforça o convite para que toda a comunidade científica que atua em Goiás ou com espécies da região contribua com dados.

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