O Furacão Milton, que deve atingir a costa da Flórida nesta quarta-feira (9), alcançou a categoria 5, o que representa o maior nível de perigo em uma escala de furacões. A rápida intensificação do fenômeno tem gerado grande preocupação, tornando esta uma das temporadas de furacões mais severas da história recente.
Milton se formou no oeste do Golfo do México no sábado (5), resultado de uma combinação entre as temperaturas elevadas e o aumento da intensidade das tempestades no Atlântico Norte.
Ele é o terceiro furacão de categoria 5 a atingir o Atlântico Norte este ano, após Helene e Berry, e pode se tornar o mais destrutivo dos últimos 100 anos.
O que significa um furacão de categoria 5?
Os furacões são classificados de acordo com a escala Saffir-Simpson, que considera a velocidade dos ventos e o aumento anormal do nível do mar, conhecido como onda de tempestade. Na categoria 5, os ventos superam 250 km/h, e as ondas podem atingir 6 metros ou mais.
O que mais surpreende meteorologistas ao redor do mundo é a rapidez com que Milton se intensificou. Ele passou por um processo de “intensificação rápida“, no qual a velocidade dos ventos aumenta em pelo menos 56 km/h em apenas 24 horas. A previsão é de que, em seu auge, Milton seja a quinta maior tempestade já registrada no Oceano Atlântico.
Por que o Furacão Milton pode ser tão devastador?
De acordo com o The Guardian, o Furacão Milton tem um núcleo mais quente do que o normal, o que o faz receber mais energia e carregar mais umidade, tornando-o extremamente poderoso. Cientistas apontam que o aquecimento global pode estar aumentando a frequência e a intensidade de furacões como Milton.
Meteorologistas preveem até 380 milímetros de chuva em algumas áreas, além de uma ressaca de até 3,6 metros na Baía de Tampa, o que é quase o dobro do registrado durante o furacão Helene. Especialistas, como o climatologista Daniel Swain, da UCLA, consideram o período atual de eventos climáticos extremos nos Estados Unidos como um dos mais destrutivos e mortais dos últimos tempos.