ANÁPOLIS GOIÁS
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Atualizado em 18/07/2024 - 12:51
Henrique Saccomori, dono da H5 Investimentos Esportivos (Foto: Reprodução)
Henrique Saccomori, dono da H5 Investimentos Esportivos (Foto: Reprodução)

O empresário Henrique Saccomori Ramos, que inicialmente foi condenado a 11 anos de prisão, à depender a justiça, poderá cumprir pena em regime aberto. Entre junho de 2021 e março de 2022, Henrique, se apresentando como especialista em apostas esportivas e proprietário da empresa H5 Investimentos Esportivos, enganou várias vítimas em Anápolis. Segundo a Polícia Civil, o esquema rendeu a ele mais de R$ 50 milhões.

A informação sobre o possível alvará de soltura foi divulgada com exclusividade no início da manhã desta quinta-feira (18) nas Ocorrências Policiais da Rádio São Francisco FM. No entanto, ainda não há confirmação se, de fato, o empresário ficará livre, haja vista, os outros processos que ele responde.

Henrique prometia lucros semanais de 2% sobre o valor investido, utilizando um software que, segundo ele, impossibilitava perdas totais. Como resultado, as vítimas transferiram grandes somas de dinheiro para contas pessoais de Henrique e para a empresa H5 Investimentos.

Trecho da sentença (Foto: Jonathan Cavalcante)
Trecho da sentença (Foto: Jonathan Cavalcante)

Como os golpes eram praticados

Henrique Saccomori Ramos convenceu suas vítimas de que, investindo em suas operações de apostas esportivas, obteriam lucros garantidos. No entanto, quando surgiram dúvidas sobre a veracidade dos ganhos, Henrique apresentou várias justificativas fraudulentas.

Inicialmente, ele alegou ter perdido quase todo o dinheiro em um suposto golpe na plataforma de apostas e chegou até mesmo a inventar um sequestro para justificar a ausência de retorno financeiro.

Empresário foi preso duas vezes, uma delas ao tentar fugir para Portugal

Diante do ocorrido, as vítimas procuraram a delegacia de polícia e registraram ocorrências. O denunciado, por sua vez, não mais realizou contato com as vítimas e tentou fugir para Portugal, mas foi preso no dia 2 de abril de 2022 antes de embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), por força de um mandado de prisão preventiva. A prisão contou com o apoio do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), de Anápolis.

O empresário Henrique Saccomori Ramos foi inicialmente condenado a mais de 7 anos de prisão em regime semiaberto por estelionato, pela juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal de Anápolis. Apesar disso, permaneceu preso devido a um mandado de prisão preventiva em outro processo.

Após uma decisão judicial, ele foi liberado, mas acabou sendo preso novamente em 28 de abril de 2023, em Anápolis, enquanto estava foragido, com dois mandados de prisão em aberto.

Saccomori ao ser preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Saccomori ao ser preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Condenação inicial

No julgamento inicial, Henrique foi condenado a 11 anos de reclusão em regime fechado, além do pagamento de 414 dias-multa. Desse modo, ele também foi obrigado a ressarcir os danos materiais às vítimas e a pagar R$ 5.000,00 de danos morais para cada vítima.

Defesa do empresário recorreu da sentença

A defesa de Henrique Saccomori Ramos recorreu da sentença, pleiteando a redução da pena. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) acatou parcialmente o recurso, prorrogando a continuidade delitiva — isto é, os crimes foram considerados como um conjunto de ações contínuas, resultando em uma pena menor.

Então, o documento diz que regime de cumprimento de pena foi alterado para aberto, e a pena de reclusão foi convertida em penas restritivas de direitos, como prestação de serviços.

Ele terá que compensar as vítimas pelos danos causados, apesar da redução de sua pena de prisão. Com os valores de R$ 867 mil para a primeira vítima, R$ 65 mil para a segunda, R$ 67 mil para a terceira, R$ 76.255,89 para a quarta. Além disso, o valor de R$ 505 mil para a quinta, R$ 640 mil para a sexta e R$ 139.500,00 para a sétima vítima.

Além disso, manteve-se o pagamento de R$ 5.000,00 de danos morais para cada uma das vítimas.

A defesa de Henrique alegou dificuldades financeiras e solicitou a isenção ou redução dos valores fixados para os danos materiais e morais. No entanto, essas solicitações foram rejeitadas, e o montante reparatório foi mantido, considerando-se proporcional à condição econômica do acusado.

Saccomori agora cumprirá pena em regime aberto

Henrique Saccomori Ramos, que se apresentava como um investidor confiável, agora, à depender da justiça, poderá cumprir sua pena em regime aberto. Embora sua pena de prisão tenha sido reduzida, ele ainda enfrentará as consequências de suas ações, devendo ressarcir as vítimas pelos danos causados.

A reportagem aguarda o novo posicionamento da defesa do empresário. O espaço segue disponível.

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