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Atualizado em 15/05/2025 - 8:06
foto do papa leão xiv segurando objeto sagrado
Papa Leão XIV comentou da possibilidade do Vaticano em reunir eventos de paz (Foto: © Vatican Media

Durante um encontro com cerca de 5 mil fiéis e representantes das Igrejas Orientais na Sala Paulo VI, o papa Leão XIV transformou um apelo em proposta concreta: “A Santa Sé está à disposição para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos”. Ao renovar a tradicional mensagem de “silenciem as armas”, o Pontífice colocou oficialmente o Vaticano como palco neutro para conversas entre nações em conflito.

“Farei todo o possível para que essa paz se difunda. Os povos querem a paz, e eu, com o coração na mão, digo aos líderes das nações: encontremo-nos, dialoguemos, negociemos”, declarou Leão XIV, sob aplausos.

No discurso desta quarta-feira, Leão XIV lembrou que a guerra “nunca é inevitável” e “as armas apenas aumentam os problemas”. Dirigindo-se particularmente aos líderes das nações em conflito, reforçou: “Os outros não são, antes de tudo, inimigos, mas seres humanos: pessoas com quem falar, não vilões a serem odiados”.

A iniciativa ganha força em meio à expectativa de uma cúpula em Istambul que pode reunir Rússia e Ucrânia esta semana. Questionado sobre o papel da Santa Sé nesse tabuleiro, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, ressaltou que a oferta não pretende “interferir em outras iniciativas”, mas funcionar como “bons ofícios” para aproximar as partes. Segundo ele, “é prematuro” falar em uma viagem do Papa a Kiev, mas a disposição em ajudar permanece “sempre ativa”.

Histórico de mediação

Embora o Vaticano evite o termo “mediação”, o gesto ecoa episódios recentes em que a Santa Sé serviu de ponte discreta — como no restabelecimento de relações entre Cuba e Estados Unidos, em 2014, e na evacuação humanitária de civis em Mariupol, em 2022. Para analistas, a neutralidade geopolítica e o alcance moral do Papado continuam sendo ativos valiosos em processos de paz.

Próximos passos do Papa Leão XIV

O Vaticano acompanha o aniversário de 1700 anos do Concílio de Niceia, na Turquia, provável destino da primeira viagem internacional do novo Papa. Enquanto isso, permanece em funcionamento o mecanismo humanitário que já permitiu repatriar dezenas de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia. Um sinal de que o esforço de paz da Santa Sé ocorre em múltiplas frentes.

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