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Atualizado em 07/11/2022 - 11:20
Há 32 anos, região das Américas é considerada livre da poliomielite, lembrou o ministro (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite deste domingo (6) para pedir que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A procura pela imunização contra a doença, erradicada no mundo, está baixa no país.

Segundo dados do pasta, a campanha de vacinação, que ocorreu em agosto e setembro deste ano, vacinou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de zero a 5 anos. De acordo com o Ministério, o objetivo é imunizar 95% das crianças nesta faixa etária em todo o Brasil evitar mortes pela enfermidade.

Apelo à vida

“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo.”

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

Livre desde 1994

“Há 32 anos, a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, disse Queiroga no pronunciamento. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19.

O ministro afirmou que, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ocorreu em setembro, nos Estados Unidos, o Brasil reforçou a necessidade dos países americanos se mobilizarem para erradicar a enfermidade. “O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou.

Referência na cobertura

Queiroga lembrou, ainda, que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.

“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível sim atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público alvo”, afirmou o ministro.

Conteúdo originalmente publicado por Agência Brasil

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