ANÁPOLIS GOIÁS
MISTURA 97
Atualizado em 19/03/2024 - 13:14

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciadas nesta segunda-feira (18) por falsificação de certificados de vacina contra a Covid-19. Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia ainda agentes públicos federais e municipais.

No último mês de janeiro, a Controladoria Geral da União (CGU) percebeu que dados do Ministério da Saúde indicavam um registro de vacinação de Bolsonaro em 19 de julho de 2021, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo.

No entanto, o então presidente estava em Brasília, de onde só saiu três dias depois.

A CGU investigou o caso e funcionários da UBS disseram não ter visto o ex-presidente no dia apontado no registro de vacina, documentos da unidade também não apontavam a presença do ex-presidente no local.

Outras descobertas da CGU ligaram esta inconsistência a Mauro Cid e levaram à deflagração da Operação Venire.

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a Polícia Federal em nota.

Ainda conforme a PF, os investigados usaram os certificados de vacinação para burlar restrições sanitárias estabelecidas pelo poder público enquanto mantinham “o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” contra a vacinação.

Foram indiciados, além de Bolsonaro e Cid:

  • Ailton Gonçalves Barros
  • Camila Paulino Alves Soares
  • Célia Serrano da Silva
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva
  • Eduardo Crespo Alves
  • Farley Vinicius Alcântara
  • Gabriel Santiago Ribeiro Cid
  • Gutemberg Reis de Oliveira
  • João Carlos de Sousa Brecha
  • Luis Marcos dos Reis
  • Marcelo Costa Câmara
  • Marcelo Fernandes Holanda
  • Max Guilherme Machado
  • Paulo Sérgio Da Costa Ferreira
  • Sérgio Rocha Cordeiro

As defesas de Jair Bolsonaro e Mauro Cid afirmaram desconhecer o processo. Com as ações da PF,o Ministério Público deve decidir se apresentará denúncia contra os indiciados. Outra investigação sobre o mesmo caso está em condução no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria de Alexandre de Moraes. A PF também enviou o indiciamento ao Tribunal.

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