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Atualizado em 29/08/2024 - 11:53
Éder Ferreira Martins atuou como um dos advogados de defesa de Christiano Mamedio (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)
Éder Ferreira Martins atuou como um dos advogados de defesa de Christiano Mamedio (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)

Em um desdobramento do julgamento histórico realizado nesta quarta-feira (28), o advogado de defesa Éder Ferreira Martins anunciou que apresentará um habeas corpus em favor do empresário Christiano Mamedio da Silva, condenado a 12 anos de prisão por duas mortes no trânsito, lesão corporal e embriaguez ao volante, em Anápolis.

“Christiano também é uma vítima. Ele se arrepende de tudo que aconteceu”, disse o advogado do réu, em entrevista ao jornalista Jonathan Cavalcante, da São Francisco FM, logo após o Tribunal do Júri que durou quase 12 horas.

Segundo Martins, a sentença de 12 anos não justifica a prisão imediata de Mamedio, já que, conforme ele argumenta, o Código de Processo Penal prevê essa medida apenas para condenações superiores a 15 anos.

“A defesa vai apresentar agora um habeas corpus para que o Christiano possa aguardar o recurso em liberdade. Estamos confiantes de que teremos êxito,” afirmou o advogado.

Durante o Júri, o advogado Adriano Gouveia Lima, também fez parte da defesa como um dos responsáveis pela argumentação em favor de Mamedio.

 

Adriano Gouveia Lima e Éder Ferreira Martins, advogados do réu (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)
Adriano Gouveia Lima e Éder Ferreira Martins, advogados do réu (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)

Advogado revela arrependimento e impacto emocional do réu

Questionado pela reportagem sobre o arrependimento do empresário, Éder Ferreira Martins afirmou: “Sem dúvida, o Christiano se arrepende de tudo que aconteceu. Ele e sua família têm sofrido profundamente desde o ocorrido.”

O advogado ressaltou que o réu, além das vítimas do acidente, também carrega as consequências emocionais dos fatos. “A família dele está devastada, e o Christiano não consegue sequer sair de casa”, disse Martins ao jornalismo da 97,7 FM.

Fabiano Mendonça da Silva foi uma das testemunhas no Tribunal do Júri (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)
Fabiano Mendonça da Silva foi uma das testemunhas no Tribunal do Júri (Foto: Rosivaldo Moreira/Cedida à São Francisco FM)

Primeiro crime de trânsito que foi a Júri Popular em Anápolis

No julgamento, presidido pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, a defesa tentou desqualificar os crimes para homicídio culposo, mas a tese foi rejeitada pelo Tribunal.

O crime ocorreu em 3 de outubro de 2020, quando Mamedio avançou um sinal vermelho e colidiu com um caminhão, resultando na morte de Emanuel Felipe Pires Martins e Eurípedes Tomé da Costa Filho.

Embora a defesa alegue que Mamedio também é uma vítima das circunstâncias, o Tribunal considerou a frieza do réu durante o julgamento e o impacto duradouro sobre as famílias das vítimas ao definir a pena. A defesa, no entanto, se mantém firme na busca por um novo julgamento, confiando no sucesso do habeas corpus.

Após o veredicto, a Polícia Militar encaminhou Christiano Mamedio ao presídio, onde ele cumprirá sua pena até novas decisões.

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