ANÁPOLIS GOIÁS
Atualizado em 22/03/2024 - 18:25
MP apurou que há indícios de que os advogados fazem parte da célula jurídica do PCC e se valem das prerrogativas da profissão (Foto: Divulgação/MP)
MP apurou que há indícios de que os advogados fazem parte da célula jurídica do PCC e se valem das prerrogativas da profissão (Foto: Divulgação/MP)

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou nesta quinta-feira (21) a operação “Honoris Criminis”. A ação teve como alvos advogados cooptados pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Um advogado, de 45 anos, que atua em Anápolis foi um dos presos durante a operação.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e as polícias Civil, Militar e Penal deram apoio à operação. Representantes da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanharam os cumprimentos.

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em desfavor de dois advogados investigados. As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Anápolis, Valparaíso de Goiás e no Distrito Federal (DF).

Advogados atuariam para transmitir ordens de presos para promoção de falsas denúncias de maus-tratos

A investigação foi iniciada a partir de informações repassadas pela Polícia Penal. De acordo com o apurado, há indícios de que os advogados fazem parte da célula jurídica do PCC e se valem das prerrogativas da profissão, sobretudo, para transmitir recados entre lideranças e outros membros da facção, por meio de atendimentos em parlatórios (locais específicos para conversa entre presos e advogados) em unidades prisionais.

Dentre as informações transmitidas aos advogados por lideranças do PCC em Goiás, que se encontram detidas em unidades prisionais especiais por conta da alta periculosidade, estava um plano coordenado para interferir nas rotinas (saída para banho de sol, audiências) das unidades prisionais do Estado.

Os advogados também atuariam transmitindo ordens de liderança para que presos promovessem falsas denúncias de torturas e maus tratos junto aos órgãos de controle, com a finalidade de forçar fiscalização por entidades e, assim, pressionar e obter flexibilidade de regras internas nos presídios de segurança máxima do Estado.

*Com informações do Ministério Público de Goiás

Plantão Policial

Ouça detalhes da operação nas Ocorrências Policiais divulgada nesta sexta-feira (22) na São Francisco FM:

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