Dados obtidos pela Rádio São Francisco FM mostram que os motociclistas estão envolvidos em 70% dos acidentes de trânsito, em Anápolis (GO). As informações são referentes aos atendimentos realizados pelo Corpo de Bombeiros durante o ano de 2022. Sendo assim, os números indicam que no município sete em cada dez acidentes envolvem motoqueiros.
De acordo com o tenente Licurgo Borges, existe uma maior complexidade quando a ocorrência de acidente de trânsito envolve motociclistas.
“Geralmente as vítimas são encontradas caídas no asfalto e com algum tipo de lesão. Por isso, o socorro médico realiza protocolos adequados para evitar que o quadro clinico do paciente se agrave”, afirma o Chefe da Sessão Operacional do Corpo de Bombeiros.
Ouça a reportagem especial na íntegra:
Em Goiás, de 2016 a 2020, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) indicou que as pernas dos motoqueiro(a) são a parte do corpo mais atingida nas notificações de acidentes de trabalho.
Como resultado, foram 682 notificações que demonstraram predomínio do envolvimento de membros inferiores com 33,57 %. Em seguida, membros superiores (14,45%), outra parte corporal (12%), tórax (7,33%), cabeça (7,18%), pé (6,89%) e abdômen (6,59%).
Atendimento aos motociclistas
Jorge Miguel Gonzales Dutra, coordenador de ortopedia e traumatologia no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) afirma que parte dos motoqueiros feridos em acidentes ficam com sequelas.
“As consequências podem ser neurológicas e osteomusculares. Por exemplo, uma fratura pode impossibilitar uma reconstrução muscular do paciente e deixá-lo com uma sequela definitiva”, diz o médico em entrevista ao repórter Jonathan Cavalcante.
Em síntese, o coordenador ressalta que grande parte dos motoqueiros que se envolvem em acidentes na região de Anápolis são encaminhados ao Hospital de Urgências.
“A prevenção sempre é o melhor caminho. Todos devem utilizar o capacete, evitar pilotar a moto utilizando chinelos e em alta velocidade. Dessa forma, são orientações básicas mas que podem salvar vidas”, finaliza Jorge Miguel.