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Atualizado em 26/06/2025 - 11:43
foto de incêndio para ilustrar matéria da piromania
Foco de chamas registrado em Anápolis durante o último ano (Foto: Vinícius Fernandes)

Em Goiás, a prisão de um homem reincidente em incêndios recolocou no debate público um transtorno pouco conhecido: a piromania. O caso aconteceu na terça-feira (25), e culminou na detenção do incendiário, de 34 anos, por provocar fogo às margens da BR-080, em São Miguel do Araguaia.

O suspeito, já autuado outras vezes por queimadas clandestinas, foi encontrado com isqueiro e tocha em mãos e não soube explicar à Polícia Civil por que praticou o incêndio criminoso. Ele permanece em Unidade Prisional Regional e vai responder por crime ambiental em meio à Operação Foco Extinto.

O que é a piromania 

Conforme a última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a piromania é caracterizada por ato deliberado e repetido de atear fogo. O que gera tensão crescente antes do incêndio e sensação de prazer ou alívio logo depois ao portador do distúrbio. Não há motivação financeira ou ideológica envolvida.

Embora raro, pela baixa prevalência populacional e a frequente associação a outros transtornos de impulso, o distúrbio costuma aparecer em casos de reincidência sem justificativa plausível, como o registrado no norte goiano.

Dados mais amplos reforçam a necessidade de atenção. Segundo dados do Ibama, 242 pessoas foram identificadas e punidas por incêndios criminosos no último ano. Embora nem todos envolvam piromaníacos, há parcela das ocorrências recorrentes que pode estar ligada ao transtorno.

Por fim, a tendência é que a Secretaria de Meio Ambiente (Semad) peça que o suspeito preso em São Miguel do Araguaia seja submetido a avaliação psiquiátrica. A prática prevista em casos em que o comportamento sugere impulsividade patológica.

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