Celebrado neste sábado (14), o Dia Mundial do Doador de Sangue chega com uma mensagem clara: é preciso mais do que boa vontade para manter os estoques abastecidos.
Com o lema “Doe sangue, doe esperança: juntos, salvamos vidas”, a campanha deste ano chama atenção para a importância da doação regular. Algo que, em Anápolis, ainda é um desafio constante.
Segundo Elinner Rosa, diretora e sócia do Instituto Onco-Hematológico de Anápolis (IOHA), muitas pessoas se mobilizam em campanhas pontuais, normalmente motivadas por pedidos para um paciente específico.
Porém, ela alerta para a necessidade de doações frequentes. “Não estou dizendo que as campanhas não sejam importantes, mas o que realmente importa são essas doações de rotina. Os homens podem doar até quatro vezes no ano e as mulheres até três vezes”, comparou em entrevista à Rádio São Francisco.
A demanda, segundo Elinner, é contínua e determinada por diferentes fatores. “Temos cirurgias, acidentes, doenças do sangue… às vezes há aumento pontual, mas a necessidade é permanente”, afirma.
Os estoques oscilam com frequência, seja no IOHA ou em outros locais da cidade. A unidade reforça a importância de doadores voluntários e não remunerados, como estabelece a legislação brasileira.
Resistência na doação de sangue
Apesar das campanhas nacionais, ainda há resistência ou desconhecimento entre muitos anapolinos sobre a segurança do processo. Elinner reforça que a triagem assegura respaldo ao processo, além de priorizar o manejo correto das doações e cuidados junto aos doadores.
“A importância de estarmos todos entendendo que o sangue é matéria-prima insubstituível. Quando alguém precisa de sangue, ele precisa de sangue e não existe nenhum produto industrializado, nada que substitua. E pra gente conseguir sangue a gente precisa de doação”.
A campanha também busca engajar novos doadores, especialmente jovens. Para isso, ações de conscientização, divulgação nas redes sociais e depoimentos de pacientes e doadores serão utilizados como ferramentas de aproximação com o público.