Seria a máquina de lavar um luxo ou uma necessidade? Pois bem, os anapolinos enquadraram o eletrodoméstico na última opção. Segundo dados domiciliares do Censo 2022, disponibilizados na última semana, mais de 81% das casas em Anápolis possuem máquina de lavar. No mesmo desdobramento da pesquisa já havia sido noticiada a proporção de anapolinos morando de aluguel.
Traduzindo em números, os 81,03% equivalem a 115.297 domicílios ocupados em Anápolis. Com uma média de 2,8 moradores por residência, a máquina de lavar beneficia diretamente mais de 321 mil anapolinos.
No cotidiano, a adesão ao eletrodoméstico demonstra a preferência por alternativas práticas, deixando para trás métodos tradicionais como o uso do tanquinho ou a lavagem manual.
“A presença de máquina de lavar roupas no domicílio pode ter um impacto considerável no dia a dia dos moradores, especialmente das mulheres, que são quem realiza a lavagem das roupas na maioria das vezes”, afirma Bruno Perez, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contudo, a presença da máquina de lavar não surpreende somente em Anápolis, mas em todo o Centro-Oeste. A região foi a que obteve maior expansão quando o assunto é o eletrodoméstico, saltando mais de 50 pontos percentuais no comparativo entre os dois últimos Censos. No de 2010, a porcentagem era de 26,7%, subindo para 79,2% em 2022.
Discrepância regional
Embora o Centro-Oeste tenha apresentado o maior crescimento, a liderança de lares com máquina de lavar ocorre no Sul (89,8%). Em contrapartida, o Nordeste (37,1%) obteve taxa bem abaixo da média nacional.
As diferenças ficam ainda mais evidentes ao analisar os estados: enquanto Santa Catarina lidera com 94,2%, o Maranhão registra apenas 27%. “O Maranhão, em 2022, tinha uma proporção de máquinas de lavar inferior à média nacional registrada 22 anos antes, em 2000 (31,8%)”, explica Perez.
Em âmbito nacional, o Censo de 2022 revelou que cerca de 68% dos lares brasileiros possuem máquina de lavar, um crescimento significativo em relação aos 46,9% de 2010 e aos 31,8% de 2000.
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