A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Walter Souza Braga Netto neste sábado (14). Ele, que é um dos alvos do inquérito da tentativa de golpe de Estado, foi candidato a vice de Jair Bolsonaro na última eleição presidencial e atuou como ministro da Casa Civil e da Defesa entre 2020 e 2022.
A detenção de Braga Netto aconteceu no Rio de Janeiro, em Copacabana. Por ser general da reserva, o ex-ministro será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército. A informação é da colunista do G1, Andreia Sadi.
Além da prisão preventiva, a PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa do militar. Ele foi indiciado por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), foi quem expediu os mandados.
Segundo as investigações, Braga Netto atuou diretamente para financiar ações ilícitas e, ao longo da apuração, concluiu-se que era a cabeça pensante do golpe. Era ele que, por exemplo, dava respaldo e credibilidade entre os oficiais e comandantes das Forças Armadas.
Por fim, na lista de indiciados, também estão Jair Bolsonaro, ex-ministros do governo, ex-comandantes do Exército e da Marinha, militares e ex-assessores do ex-presidente.
Confira a nota da Polícia Federal sobre a prisão de Braga Netto
“A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
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