ANÁPOLIS GOIÁS
Atualizado em 11/07/2024 - 13:28
"É um sentimento de tristeza, indignação", disse Ramon Souza em entrevista (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco FM)

O goleiro Ramon Souza, do Grêmio Anápolis, atingido por um tiro de bala de borracha disparado por um policial, se pronunciou após registrar um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (11).  “Eu fiquei sem chão, sem acreditar na situação”, disse o atleta que, por causa do ferimento, corre o risco de ficar fora do restante da temporada 2024.

Ramon conversou com o repórter Jonathan Cavalcante na Central de Flagrantes da Polícia Civil, em Anápolis. “Foi uma situação de discussão normal de jogo. A gente fica abalado, nunca imagina passar por isso, ainda mais no nosso ambiente de trabalho”, disse Ramon em entrevista exclusiva concedida à Rádio São Francisco 97,7 FM.

“Eu pedi, abaixa a arma, abaixa a arma, e falei que não precisava disso“, afirmou.

Veja a entrevista:

Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram a confusão no gramado do Estádio Jonas Duarte após o apito final na noite de quarta-feira (10). O vídeo também mostra o momento em que o policial atira com bala de borracha, atingindo a perna esquerda do goleiro.

O jogo entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste SAF era válido pela Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. O Grêmio perdeu pelo placar de 2 x 1. “Depois do apito final, aconteceu aquele princípio de discussão, empurra, empurra, normal de jogo. Todo mundo sabe como é jogar, cabeça quente, mas nunca ninguém imaginou que chegaria a essa situação”, relatou Ramon.

Nota da Polícia Militar

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Estado de Goiás informou que “foi determinado imediatamente a abertura de procedimento administrativo para apurar os fatos com o devido rigor” e que a PM “reafirma o compromisso com o cumprimento da lei, reiterando que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.”

Grêmio Anápolis diz que tomará as medidas cabíveis

O Grêmio Anápolis informou que tomará as medidas cabíveis para que o responsável seja identificado e punido. De acordo com comunicado do clube, o goleiro recebeu atendimento dentro da ambulância que estava no estádio Jonas Duarte.

“É um sentimento de tristeza, indignação, a gente não tem nem como descrever uma situação dessa”, desabafou Ramon. “Minha família também me deu todo o apoio, está comigo. É uma situação difícil para todo mundo, porque a gente luta por isso desde pequeno e é uma situação que é triste.”

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