César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi transferido de Brasília para o Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Ele é acusado de ser o mentor intelectual do assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante.
Cacai estava foragido desde novembro de 2023 e foi preso no último dia 3 de junho, em Samambaia (DF). Veja o vídeo do momento da prisão.
De acordo com a Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP), ele ficará em uma unidade de segurança máxima. A transferência ocorreu devido a um pedido da defesa de Cacai.
O ex-político foi monitorado por 20 dias antes da prisão em uma ação conjunta da Polícia Civil que envolveu investigações em diversos estados brasileiros e até no exterior. O endereço em que ele se localizava foi descoberto através de uma denúncia anônima.
Motivação
O ano era 2018, Cacai era coordenador da campanha do Democratas em Anápolis e trabalhava com Fábio Alves Escobar. Após a vitória de Ronaldo Caiado, Cacai foi colocado como diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), cargo que perdeu em 2020, ao ser preso por suspeita de fraudar licitações da estatal.
Um ano após as eleições, Escobar passou a denunciar supostos desvios de grandes valores realizados por Cacai. Essas denúncias são apontadas como o principal motivo para o assassinato. Escobar foi morto a tiros por dois homens na noite de 23 de junho de 2021.
Conforme o MPGO, os autores estavam em um carro e usavam balaclavas. A vítima chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme a Polícia Civil, Cacai e Jorge Caiado, usando de privilégios dentro da Secretaria de Segurança Pública (SSP), planejaram e executaram um plano para matar Escobar. Eles teriam prometido promoções para os policiais que assassinaram Escobar.
Cacai e três policiais militares foram denunciados pelo MP pela morte de Fábio Escobar e são acusados de homicídio qualificado.
Em nota, a defesa de Cacai afirmou que está colaborando com as autoridades com a única exigência de que a vida do acusado seja protegida. A defesa alegou também que Cacai teme os verdadeiros mandantes do assassinato.
*Com informações do g1