Nesta quarta-feira (25), durante instalação do Conselho da Federação realizada no Palácio do Planalto, o presidente Lula (PT) afirmou que a situação entre Palestina e Israel trata-se de um genocídio. “Não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, são vítimas dessa guerra. E sinceramente, eu não sei como um ser humano é capaz de guerrear sabendo que o resultado dessa guerra é a morte de crianças inocentes”, disse.
“Tenho um telefonema com o emir do Catar para tentar encontrar alguém capaz de conversar com alguém para ver se consegue liberar, primeiro, os brasileiros que estão retidos na Faixa de Gaza, a poucos quilômetros da fronteira com o Egito, que estão querendo voltar para o Brasil”, revelou Lula logo depois.
Na última quarta-feira (18) o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou uma proposta apresentada pelo governo brasileiro para a paz na Palestina. O texto pedia pausas nos ataques para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde cerca de 30 brasileiros ainda aguardam resgate.
Antecedentes da guerra
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel. Então, combatentes palestinos em terra mataram civis e militares israelenses, foram feitos centenas de reféns. O ataque chamou novamente a atenção da imprensa para a região, que está em conflito desde o início da ocupação judia em 1948.
Em resposta, Israel realizou uma série de bombardeios em Gaza, atingindo no dia 17 de outubro o hospital al-Ahli, onde pelo menos 471 pessoas morreram e 314 ficaram feridas. Além disso, o exército israelense impôs um cerco total ao território, com o corte de abastecimento de água, alimentos, remédios, combustível e energia elétrica.
Estima-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas em Gaza. Segundo os dados divulgados pelas autoridades locais, o número de mortos em decorrência da guerra desde 7 de outubro passa de 5,5 mil. No entanto, 75% das vítimas fatais são palestinas (4,1 mil), com 1,4 mil israelenses mortos.