Mais de 27 milhões de argentinos foram às urnas no último domingo (22) para escolher o próximo presidente do país. Os dois candidatos mais votados para o cargo disputarão o segundo turno, o governista e atual ministro da economia Sérgio Massa (36,68% dos votos) enfrentará novamente o populista de extrema-direita Javier Milei (29,98%) no dia 19 de novembro.
Na argentina o voto é obrigatório e realizado através de cédulas de papel, apenas 77,65% da população foi às urnas neste domingo. Em comparação, nas eleições brasileiras de 2022, 79,07% da população compareceu.
O resultado do pleito surpreendeu observadores internacionais, que esperavam mais votos favoráveis a Milei e até mesmo uma vitória deste candidato no primeiro turno.
A grande abstenção observada neste primeiro turno tem sido relacionada à profunda crise econômica vivida no país, com hiperinflação e altas taxas de juros. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), em setembro de 2023, 40,1% da população argentina estava abaixo da linha da pobreza.
Nestas eleições os argentinos escolheram também vice-presidente, os governadores de três das 23 províncias dos país (Buenos Aires, Catamarca e Entre Rios), além de deputados e senadores. 20,5 mil argentinos aptos a votar vivem hoje no Brasil.
Nas redes sociais, o presidente Lula (PT) manifestou apoio a Sérgio Massa, enquanto Jair Bolsonaro se posicionou a favor de Javier Milei.