O dramaturgo Zé Celso, 86, morreu, nesta quinta-feira (6), após um incêndio no apartamento em que morava em São Paulo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, na capital paulista, desde terça-feira (4). Zé Celso teve 53% do corpo queimado.
José Celso Martinez Corrêa foi o mais longevo dramaturgo em atividade e deixou o legado de uma arte que revolucionou a política e os costumes. Também foi fundador do Teatro Oficina, onde criou peças como “Os Sertões” – releitura do clássico de Euclides da Cunha.
A jornalista, dramaturga, professora e coordenadora de Dramaturgia da SP Escola de Teatro, Marici Salomão, definiu o diretor, ator e dramaturgo:
“[..] o encenador mais transgressor e mais disruptivo da cena brasileira. Da ditadura à abertura, encenou espetáculos de grande magnitude, sob a beleza arquitetônica do Oficina de Lina Bo Bardi”.
Zé Celso participou de uma única produção para TV, quando encenou o personagem Amadeus na novela Cordel Encantado, em 2011.