ANÁPOLIS GOIÁS
VIGÍLIA FRANCISCANA
Atualizado em 07/05/2025 - 11:54
foto de cardeais reunidos antes do conclave para eleger o novo papa
133 cardeais estão aptos para votarem no conclave (Foto: Youtube/Vatican News)

O Vaticano deu início nesta quarta-feira (7) ao conclave que escolherá o novo papa da Igreja Católica, após a morte de Francisco. A partir das 11h30 (horário de Brasília), 133 cardeais se reúnem na Capela Sistina, em um processo tradicional e sigiloso que pode se estender por vários dias. O resultado de cada votação será sinalizado pela cor da fumaça que sai da chaminé da capela. O primeiro veredito sai às 14h desta quarta-feira (7).

Antes do início oficial das votações, os cardeais participaram da missa Pro Eligendo Romano Pontifice, na Basílica de São Pedro, onde rezaram por orientação divina. Depois, reuniram-se na capela Paulina para a Ladainha de Todos os Santos, seguindo até a Capela Sistina, onde prestaram juramento de fidelidade e absoluto sigilo.

A eleição papal exige o voto favorável de dois terços do Colégio Cardinalício, ou seja, ao menos 89 votos. Os cardeais podem realizar até quatro votações diárias, com pausas eventuais para oração e discussão. Se a eleição se arrastar por longos dias, porém, o regulamento prevê um “segundo turno” entre os dois candidatos mais votados.

Novo papa: favoritos e correntes internas

Pietro Parolin desponta como favorito a suceder Francisco (Foto: Reprodução)

Apesar do clima de mistério, todavia, alguns nomes se destacam entre os chamados papáveis. O italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano desde 2013 e principal articulador da diplomacia da Santa Sé, é apontado como favorito. Ele também preside o conclave, por ser o cardeal mais antigo com direito a voto.

Outros três italianos surgem com força: Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém; Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha; e Fernando Filoni, ex-prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Já o filipino Luis Antonio Tagle, também aliado próximo de Francisco e defensor das reformas implementadas nos últimos anos, é visto como um forte candidato asiático.

Na África, o congolês Fridolin Ambongo, de linha mais conservadora, pode fazer história como o primeiro papa negro. Já o húngaro Peter Erdo, da ala tradicionalista, representa o favoritismo entre os cardeais que desejam um retorno às posturas mais rígidas da Igreja.

Odilo Scherer foi um dos cotados no último conclave e segue apto a ser papa (Foto: Reprodução)

Também figuram entre os nomes cogitados: o francês Jean-Marc Aveline, o português José Tolentino de Mendonça e o birmanês Charles Maung Bo. Embora corram por fora, sete cardeais brasileiros estarão presentes na votação e alguns podem pintar como uma ‘zebra’ verde e amarela na votação: Odilo Scherer, Jaime Spengler e Orani João Tempesta.

Continuidade ou ruptura?

A Igreja Católica enfrenta um dilema interno: manter a linha de abertura e reformas defendidas por Francisco ou buscar um pontífice de perfil mais moderado ou conservador. Segundo o cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chávez, porém, “não haverá retrocesso”. Ele acredita que o próximo papa continuará o trabalho iniciado por Francisco, reforçando a preocupação com temas sociais, ambientais e pastorais.

No entanto, parte do Colégio Cardinalício ainda deseja uma figura mais previsível e doutrinária. Por fim, a previsão é que um novo papa seja definido até sábado (10).

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