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Atualizado em 19/05/2025 - 10:13
foto do medicamento tadalafila
Vendas do medicamento ultrapassaram 64 milhões em 2024 (Foto: Reprodução)

As vendas do medicamento tadalafila, indicado para o tratamento da disfunção erétil, cresceram quase 20 vezes nos últimos dez anos no Brasil. Os dados são da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obtidos pelo g1. Em 2015, foram vendidas cerca de 3 milhões de unidades; em 2024, o número saltou para impressionantes 64 milhões.

Originalmente desenvolvido como alternativa ao viagra, a tadalafila ganhou destaque por sua ação prolongada e menor incidência de efeitos colaterais. Porém, sua popularização ultrapassou o uso terapêutico: atualmente, o medicamento é amplamente consumido por jovens e adultos saudáveis como uma forma de “turbinar” o desempenho sexual. Muitas vezes, inclusive, sem qualquer prescrição médica.

Contudo, o fenômeno é atribuído, em grande parte, ao impacto das redes sociais. Vídeos virais e influenciadores promovem o uso da chamada “tadala” como solução mágica para aumentar tempo de ereção, desempenho e até o tamanho do pênis — promessas infundadas, segundo especialistas. O medicamento chegou até a ser tema de música popular, refletindo sua entrada no imaginário cultural como símbolo de potência sexual.

Apesar do aumento nas vendas, o número de diagnósticos de disfunção erétil não acompanhou o mesmo ritmo. Para especialistas, isso revela uma crescente insegurança masculina diante das novas dinâmicas sexuais e sociais. “Muitos estão mascarando suas inseguranças emocionais com o uso do remédio desde o início da vida sexual”, explicou o urologista Eduardo Miranda ao g1.

Efeitos colaterais do tadalafila

Embora a tadalafila não cause dependência física, seu efeito sobre a autoconfiança pode gerar uma “bengala emocional”, dificultando relações genuínas. A psiquiatra Carmita Abdo fez alerta ao g1 que a busca por performance pode comprometer a troca emocional no sexo e interferir no desenvolvimento saudável da sexualidade, especialmente entre os jovens.

Por fim, o uso desregulado do medicamento, sem acompanhamento médico, pode ainda trazer riscos como dor de cabeça, distúrbios visuais e até eventos cardiovasculares. Médicos alertam: a tadalafila pode ser aliada no tratamento da disfunção erétil, mas não substitui o cuidado com a saúde emocional e o diálogo aberto nas relações.

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