A Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica) expandiu sua atuação jurídica comunitária, por meio do Centro de Atendimento Jurídico ao Estrangeiro (Caje). O centro, inaugurado em Anápolis na última semana, oferece assistência gratuita aos estrangeiros que moram no país e buscam regularizar sua situação, além de outros processos burocráticos. A unidade colabora diretamente com a Polícia Federal para garantir que os processos sejam realizados de forma precisa e em conformidade com a legislação vigente.
O Caje nasce a partir de estudo que apontou os principais desafios enfrentados pela população imigrante, como a falta de informações claras sobre seus direitos e deveres. A iniciativa partiu do estudante de Direito Ícaro Maciel e conta com a coordenação de Mariana Maranhão, docente do mesmo curso e também responsável pela formação em Relações Internacionais na instituição.
“A pesquisa realizada pelos nossos acadêmicos demonstrou a necessidade urgente desse tipo de apoio, e estamos empenhados em preencher essa lacuna com serviços de alta qualidade”, destaca a professora. Ela complementa que o objetivo principal é facilitar a integração legal das populações de fora, para que possam viver no Brasil dentro das leis.
Antes do surgimento do Caje, o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da UniEvangélica prestava os apoios para a população imigrante. Desde outubro de 2022, pessoas de diversas nacionalidades, incluindo paquistaneses, haitianos, iraquianos, venezuelanos, angolanos e cubanos, conseguiram a assistência de um suporte jurídico qualificado.
Para maiores informações sobre os atendimentos, entrar em contato pelo WhatsApp: (62) 3310-6616. Ou se dirigir até a UniEvangélica, em Anápolis, localizada na Avenida Universitária.
Imigração em Anápolis
Dados recentes do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra), Anápolis figura como o segundo principal destino de imigrantes no estado, ficando atrás somente de Goiânia. Traduzindo para números, as informações mostram que 2.647 estrangeiros vivem no município, parte considerável dos quase 20 mil que moram em Goiás.
Os dados relativos são de março de 2022. Eles apontam que, dos 19.748 que vivem em Goiás, 19,5% são originários da Venezuela, 18,2% do Haiti e 9,5% da Colômbia. No Brasil, são 1,7 milhão de estrangeiros, sendo 24,9% venezuelanos, 12,3% haitianos, 6% bolivianos, 4,9% colombianos e 3,7% argentinos.