A queda de braço entre trabalhadores do transporte público e a Urban ganhou uma pausa, pelo menos, momentânea, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18). Uma audiência de conciliação, conduzida pelo desembargador Eugênio José Cesário Rosa, firmou a proposta de reajuste salarial de 3,34% aos trabalhadores com aplicação a partir do atual mês de dezembro.
A princípio, a contraproposta havia sido recusada pela categoria, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Município de Anápolis (SITTRA). No entanto, o desembargador buscou uma solução parcial para brecar o impasse entre as partes e evitar mais atrasos.
“Esta é uma solução intermediária que permite manter o equilíbrio e a continuidade dos serviços, enquanto as questões pendentes são analisadas”, pontuou Eugênio Rosa. O desembargador reforçou a necessidade de diálogo entre as partes.
Mais que 3,34%
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10%, com retroatividade a partir de junho; vale-alimentação; tíquete nas férias e ajuda de custo para servidores com jornadas que iniciam ou findam durante a madrugada. Porém, o pagamento retroativo à data-base da categoria, 1º de junho de 2024, será negociado em momento posterior.
Adair Rodrigues, presidente do SITTRA, confirmou que uma nova assembleia será convocada para estabelecer os próximos passos do acordo. “Nossa prioridade é garantir que os direitos da associados sejam plenamente atendidos. Vamos continuar dialogando com a empresa e as autoridades competentes para avançar nessas pautas”, disse.
A Urban reforçou que depende de acerto do Vale Transporte Social, além de nova atualização dos valores da passagem, para atender às demandas. No fim de novembro, a prefeitura de Anápolis aumentou os preços dos bilhetes em 6%, para quem utiliza o cartão, e em 9%, para quem paga em dinheiro.
Greve brecada
Com a decisão do TRT-18, a possibilidade de greve por parte dos trabalhadores foi descartada. Conforme destacou o desembargador, o acordo sem assembleia foi justamente para evitar que os entraves prejudicassem a população com a paralisação do transporte público.
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