As polêmicas declarações da secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, seguem reverberando entre a comunidade de professores da rede estadual. Nesta quarta (6) representantes da classe educadora e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) manifestaram indignação em frente à Coordenação Regional de Educação de Anápolis, localizada no Centro da cidade.
Munidos de cartazes com os dizeres “Não vão nos calar” e “Assédio moral na educação”, os professores entoaram gritos contrários à postura de Gavioli. “A secretária está semeando raiva entre os professores da escola. É isso que deve fazer uma secretária de Educação?”, questionou um dos presentes ao falar no microfone.
“Então, deve tratar a gente com mais respeito e educação. Segue o conselho do governador e trate-nos com elegância”, completou o manifestante.
A revolta não se deve somente contra às falas de Gavioli, ocorridas há quase três semanas, durante live para toda a rede estadual de ensino. Outros pontos levantados pelo Sintego para a paralisação incluem a controversa demissão de uma professora pela Secretaria de Educação, práticas de assédio moral contra os profissionais e a falta de valorização da categoria.
Além do mais, um plano de carreira também está entre as solicitações, assim como o fim da taxação dos servidores aposentados de 14,25%.
Relembre as falas de Fátima Gavioli
Nota do Sintego
“Após a demissão polêmica da professora Roberta realizada pela SEDUC, relatos de assédio contra trabalhadores/as da Educação, ataques contra o sindicato, adesão ao movimento contra o assédio moral e pela valorização da categoria, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, SINTEGO, entrou na Justiça e acionou o Ministério Público contra o governo estadual, para garantir os/as direitos dos/as trabalhadores/as. O sindicato solicita o reconhecimento de conduta antissindical, destacando a violação da liberdade de expressão e do direito à sindicalização”.
Entre os pedidos, o SINTEGO requer que o Estado se abstenha de práticas que dificultem o exercício dos direitos sindicais, evitem discriminação por filiação, e suspendam exonerações motivadas por manifestações legais de servidores. Pedimos também uma retratação pública em relação às declarações que atacaram a imagem da categoria, sindicato e a indenização por danos morais coletivos.
“É preciso respeito com os/as trabalhadores/as da Rede Estadual de Educação e também com o maior sindicato do estado de Goiás. Não nos calaremos diante dos acontecimentos dos últimos dias. Cobraremos onde for necessário”, declara Bia de Lima, presidenta do SINTEGO”.