ANÁPOLIS GOIÁS
A VOZ DO BRASIL
Atualizado em 15/01/2025 - 16:43
Amaury Esberard comentou sobre o edital do DaiaPlam em entrevista à Rádio São Francisco FM (Foto: Orlando Simenton)
Amaury Esberard comentou sobre o edital do DaiaPlam em entrevista à Rádio São Francisco FM (Foto: Orlando Simenton)

O projeto de expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), visando o aniversário de 50 anos do condomínio industrial em 2026, segue morno. Em entrevista ao São Francisco News desta quarta-feira (15), o presidente do Conselho Empresarial do Daia (ConseDaia), Amaury Esberard, ponderou sobre o edital do DaiaPlam e a baixa adesão dos empresários para o espaço multimodal.

Com 1,7 milhão de m², a área da DaiaPlam tem capacidade para receber até 100 indústrias, com expectativa de gerar 20 mil novos empregos diretos e indiretos para Goiás. Na primeira etapa, foram disponibilizados 850 mil m², porém apenas cinco empresas atingiram os critérios do edital, escolhendo de 101 mil m² do espaço.

Esberard frisa que o documento apresenta clausulas resolutivas que afastam o empresariado. Em seu exemplos, o presidente do ConseDaia cita regras e penalidades, como prazos para construção e finalização. Porém, o principal empecilho na visão do também empresário é a falta da escritura do terrenos para as empresas. “Você compra e não é seu”.

Contudo, segundo ele, a elaboração do edital, tanto da primeira quanto da segunda etapa, deveria ter abarcado as insatisfações já existentes das empresas que estão no Distrito.

vista aérea dos terrenos da expansão do daia, o daiaplam
DaiaPlam (Foto: Codego)

Complementando a crítica da falta de escritura, Amaury Esberard comentou sobre o desconto garantido pelo edital na compra dos terrenos. Embora alcance até 75% de desconto, o empresariado pode enxergar alternativas melhores ao lado da expansão, mas não dentro dos terrenos do DaiaPlam.

“Parte de R$ 180 [o m²]. Só de participar do edital, você tem 50% de desconto. Com uma boa colocação, você vai ter R$ 65 pelo metro quadrado. Ou seja, 10 mil metros, são 650 mil reais. O preço da área é o mais barato para a indústria, mas você compra uma área pela metade do preço do lado do Daiaplam. Onde você usufrui da logística, da localização, muito mais barato e o terreno é seu.”

DaiaPlam: baixa adesão do público alvo

Outro ponto abordado por Amaury Esberard foi a lacuna de incentivos para o empresário de fora. Ele frisa que o edital do DaiaPlam prioriza indústrias já fixadas no condomínio e que almejam aumentar seus espaços. Porém, das empresas aprovadas na primeira etapa, nenhuma buscava a expansão.

“As empresas que vem para cá tem que ter vantagens. O Espírito Santo, em 60 dias, te dá a área, os benefícios. É um compromisso do estado lá. Eu estou alertando que nós temos que trabalhar para trazer empresas não só pelo custo da área“, completa.

Embora tenha pontuado críticas contundentes, o presidente do ConseDaia espera mudanças nos novos editais que serão emitidos pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Goiás, a Codego.

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