Apesar da posição de destaque em Goiás e no Centro-Oeste, a concorrência do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) aumentou nos últimos anos. Condomínios industriais recentes foram implantados em outras cidades do estado, como Aparecida de Goiânia. O cenário tornou-se ainda mais acirrado pela falta de atenção dada ao espaço nos últimos anos, conforme frisa Amaury Esberard, presidente do Conselho Empresarial para o Daia (ConseDaia).
Em entrevista ao São Francisco News da última quarta-feira (15), ele pontua que o Daia acabou ficando alheio aos olhares do poder público municipal. Amaury, inclusive, cita divergências com o antigo chefe do Executivo, Roberto Naves (Republicanos), no que tangenciava chamadas básicas voltadas para o condomínio industrial e que eram respondidas por “conversa com a Codego” (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás).
“Temos que ter a convicção que o Daia pertence a Anápolis. Eu já tive embates com o prefeito que acabou de sair, solicitando as obrigações da Prefeitura por lá […] A única coisa que funciona da Prefeitura no Daia é a coleta de lixo. Mais nada”, comenta. “Se a Codego não comprasse as lâmpadas e não pedisse os caminhões emprestados para a Goinfra para trocar, estaríamos às escuras”, disse Amaury aos comunicadores Jonathan Cavalcante e Newton Rodrigues.
Amaury complementa que, embora convidado para as reuniões do ConseDaia, o ex-gestor municipal sequer ia. Em seu lugar, costumava enviar Márcio Cândido, antigo vice-prefeito e ex-titular da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC).
Otimismo do ConseDaia
Apesar dos anos relegado ao esquecimento municipal, Amaury acredita que o cenário deva melhorar para o Daia com a chegada de nova gestão. Também empresário, o atual chefe do Executivo, Márcio Corrêa (PL) já pontuou em várias oportunidades sua atenção ao distrito e seu processo de expansão.
“Ainda temos um potencial muito grande. Vou repetir, falando em termos de Daia, que o prefeito Márcio Corrêa assuma essa bandeira municipalista. O Daia tem que ter o apoio da Prefeitura e não depender somente do estado”, diz Esberad.
Por fim, com relação a troca na Secretaria de Indústria e Comércio, agora gerida por Kim Abrahão, o presidente do ConseDaia também mostra otimismo: “Ele conhece os problemas. É um cara muito sério, muito competente.” Amaury, inclusive, já teceu uma recomendação para a pasta, com a criação de um segmento específico para recepcionar o empresariado que vem de fora para visitar o Daia.
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