Em publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (23), o governo federal regulamentou a aplicação do Enamed (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica). A medida prevê a aplicação de uma prova nacional obrigatória para estudantes de Medicina no país.
Embora num primeiro momento possa parecer uma “OAB dos médicos”, o Enamed se espelha na prova do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Portanto, o objetivo do governo é utilizar os resultados para avaliação e orientar políticas públicas.
Os resultados poderão ser usados, ainda, para compor os processos seletivos do Enare (Exame Nacional de Residência).
Como será o exame para os estudantes de Medicina?
A prova será aplicada anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e acontecerá de forma descentralizada.
O exame contará com uma prova teórica de 100 questões objetivas. Serão abordados perguntas distribuídas entre áreas como Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, além de temas interdisciplinares de Saúde Coletiva e Saúde Mental.
Ademais, os participantes deverão preencher questionários obrigatórios, como o de percepção da prova e o contextual. Estes dados serão utilizados exclusivamente para fins estatísticos e de avaliação educacional.
Por fim, estudantes de Medicina inscritos no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) terão a inscrição automática no Enamed feita pelos coordenadores de curso. Porém, precisarão confirmar sua participação caso queiram utilizar o desempenho no Enare.
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