Mais de 137 mil estudantes matriculados em Goiás devem ser afetados pelas novas diretrizes da Nova Política de Educação a Distância (EaD), anunciadas na segunda-feira (19). As instituições de ensino terão dois anos para se adequarem as novas regras impostas pelo decreto. A medida visa aumentar a qualidade do ensino a distância, que cresceu 232% no Brasil entre 2018 e 2023.
O texto proíbe que cursos como Medicina, Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia sejam ofertados no formato EaD. Esses cursos passam a ser obrigatoriamente presenciais. Já as demais formações deverão ser ofertados no modelo semipresencial, com atividades presenciais físicas e online ao vivo. Estudantes já matriculados em cursos EaD poderão concluí-los no formato previsto a partir do ato da matrícula.
O novo marco regulatório estabelece ainda que nenhum curso poderá ser 100% a distância. A nova regra exige pelo menos 20% da carga horária em atividades presenciais ou online síncronas, com avaliações obrigatoriamente presenciais. Os polos de EaD deverão contar com infraestrutura adequada, como laboratórios, salas de estudo e acesso à internet, além de mediadores pedagógicos contratados formalmente.
Nova Política Ead: Situação em Goiás
Atualmente, em Goiás, a quantidade de estudantes matriculados em cursos superiores na modalidade EaD é de 137.253, o que representa quase 45% do total no estado. O número cresceu 11,5% em 2023, superando os cursos presenciais, que tiveram aumento de apenas 2,1%.
A modalidade EaD tem forte presença na rede privada goiana, que concentra 98,1% das matrículas nesse formato. Além disso, 60,9% das novas matrículas no estado foram em cursos a distância. Pedagogia e Administração são os cursos mais buscados para quem busca estudar em regime remoto.
Os dados são referentes ao 15º Mapa do Ensino Superior, lançado neste ano com informações bases de 2023.