Embora o foco primário após a posse seja a Saúde, o prefeito eleito Márcio Corrêa (PL) pontuou sobre as obras em andamento por Anápolis, frutos da última gestão. Construções de grande, médio e pequeno porte vinculadas à prefeitura foram suspensas e passarão por análise para elencar as prioridades na área.
Com relação às obras de grande investimento, Corrêa adiantou que o dinheiro destinado para elas, que foram obtidos via empréstimo na gestão Naves, esgotou-se. Entre as construções, há o Viaduto do Recanto do Sol, estimado em R$ 22 milhões, e a Ponte Estaiada, estimada em R$ 125 milhões.
A antiga gestão afirmou que a obra no Recanto do Sol seria finalizada em novembro de 2024. No entanto, acredita-se que o estágio atual da construção seja diferente do informado à época.
“Vão ser feitos laudos, auditorias, para entendermos o estágio da obra, seguindo o cronograma físico e financeiro para que a gente possa dar continuidade daquilo que é importante para a população”, disse o novo chefe do Executivo de Anápolis.
Secretário de Obras, Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Rone Evaldo Barbosa citou a existência de 64 contratos de obras vigentes em Anápolis. Assim como o chefe do Executivo, ele foi enfático quanto à necessidade de se estabelecerem prioridades a partir de análise minuciosa das construções, que vão desde a implantação de novas UPAs e CMEIs até as já citadas obras faraônicas do Anápolis Investe.
“Sempre repito que tivemos historicamente em Anápolis o desenvolvimento de projetos, mas não de soluções. Soluções que pensem a cidade num contexto mais amplo. Não adianta você implantar um viaduto se você vai estar mudando o problema de lugar, apenas”, completou em entrevista ao repórter Jonathan Cavalcante.
Suspensão temporária das obras em Anápolis
A suspensão das obras foi oficializada no Diário Oficial do Município (DOM) desta quinta-feira (2) e terá duração inicial de 30 dias. A medida não se aplica a serviços de engenharia classificados como urgentes ou essenciais, desde que justificados e autorizados pela autoridade competente.
Durante o período, as análises técnicas e administrativas das obras buscarão:
- I – Verificar se os cronogramas físico-financeiros refletem a realidade das obras;
- II – Identificar possíveis inconsistências, atrasos ou outras irregularidades;
- III – Emitir relatórios conclusivos que subsidiem a retomada das atividades ou a adoção de medidas corretivas.
Após a conclusão dos relatórios, as obras e serviços poderão ser retomados, desde que atendidas as recomendações e observados os ajustes necessários.
Leia mais:
Moradores de Anápolis denunciam abastecimento com água suja e cobram resposta da Saneago
