ANÁPOLIS GOIÁS
SHOW DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 30/06/2025 - 15:47
foto de roberto naves, ex-prefeito de Anápolis
Roberto Naves, ex-prefeito de Anápolis, justificou o rombo devido aos investimentos na cidade (Foto: Bruno Velasco)

Anápolis registrou o maior rombo primário entre os municípios de Goiás em 2024, apresentando saldo negativo de R$ 268 milhões. O número chama mais atenção ao superar o resultado de Goiânia, que teve déficit de R$ 226 milhões, mesmo com uma população quase quatro vezes maior.

Aparecida de Goiânia completa o topo da lista, com R$ 139 milhões negativos. Os dados são do Tesouro Nacional e foram levantados pelo O Popular a partir do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público (Siconfi).

Com 393 mil habitantes, Anápolis aparece ainda no 25º lugar no ranking nacional de maiores déficits municipais. Já Goiânia e Aparecida ficaram em 31º e 47º, respectivamente. A cidade de São Paulo lidera o levantamento, com um rombo de R$ 10 bilhões.

Vista aérea do Parque Ipiranga, no Bairro Jundiaí
Vista aérea do Parque Ipiranga, no Bairro Jundiaí (Foto: Reprodução / Prefeitura de Anápolis)

Argumentos das gestões em Anápolis

O atual prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL) responsabilizou a gestão anterior pelos resultados negativos. Segundo Corrêa, o município foi entregue com “desequilíbrios estruturais” e “falta de gestão fiscal responsável” pelo ex-chefe do Executivo, Roberto Naves (Republicanos).

Corrêa ainda criticou os empréstimos contratados na gestão passada, que, segundo ele, impõem condições desvantajosas à administração atual. Como resposta, ele afirmou ter adotado medidas para equilibrar as contas públicas, o que teria gerado uma economia de R$ 60 milhões apenas no primeiro quadrimestre de 2025.

Por outro lado, Roberto Naves rebateu as críticas e justificou, ao O Popular, o déficit com os altos investimentos feitos em áreas como Saúde e Educação em 2024. Para ele, Corrêa tenta “politizar uma situação que é administrativa” e que cabe a todo gestor assumir responsabilidades da administração pública.

O levantamento considerou dados enviados por 237 das 246 prefeituras goianas ao Tesouro Nacional, e inclui obrigações com Regimes Próprios de Previdência.

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