O Vaticano atualizou a situação de saúde do Papa Francisco, internado no hospital Gemelli em Roma, na Itália. Segundo o boletim emitido nesta segunda-feira (10), o pontífice “passou uma noite tranquila” e “está descansando”. Ele está sob cuidados médicos para tratar um quadro de pneumonia bilateral desde 14 de fevereiro.
Embora internado, o pontífice tenta atuar conforme consegue de forma virtual. Na tarde de domingo (9), por exemplo, o Papa Francisco acompanhou os exercícios espirituais da Curiá Romana, que teve início na data. No mesmo dia, ele já havia recebido a visita do cardeal Parolin, secretário de Estado do Vaticano.
Com relação aos cuidados, o Papa continuou seu tratamento e a fisioterapia respiratória e motora. A dieta prescrita pelos médicos, que inclui alimentos sólidos, também segue. A situação parece ser estável, com ligeiras melhoras graduais, como relatado no boletim médico de sábado (8) à noite, em um quadro que, no entanto, permanece complexo e que leva os médicos a manter prudentemente o prognóstico reservado.
“Na minha prolongada permanência aqui no hospital, também eu experimentei a atenção do serviço e a ternura dos cuidados, particularmente por parte dos médicos e dos profissionais de saúde, a quem agradeço do fundo do coração. E, enquanto estou aqui, penso em tantas pessoas que, de diferentes maneiras, estão próximas dos doentes e são para eles um sinal da presença do Senhor. Temos necessidade disto, do ‘milagre da ternura’, que acompanha os que estão em prova, trazendo um pouco de luz na noite da dor”, escreveu o pontífice sobre suas mais de três semanas internado.
Ausência mais longa do Papa Francisco
Francisco não foi visto em público desde que entrou no hospital, sendo sua ausência mais longa desde o início de seu papado, há 12 anos. Os médicos responsáveis pelo pontífice não informaram quanto tempo o tratamento pode durar.
Por outro lado, médicos não envolvidos no tratamento de Francisco disseram que o papa provavelmente enfrentará um longo e difícil caminho para a recuperação. Isto é devido a sua idade e outras condições médicas de longa data.
O tom das atualizações do Vaticano tem sido cautelosamente otimista nos últimos dias, depois que o papa sofreu o que foi descrito como dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” em 3 de março.
