A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a Operação Ilusion para cumprir 20 ordens judiciais contra os responsáveis pela empresa Imagem Eventos. O negócio é acusado de aplicar um golpe superior a R$ 7 milhões em formaturas, além de prejudicar aproximadamente mil formandos em Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades de Mato Grosso (MT) e Rondônia (RO).
As ordens judiciais incluem prisões preventivas, mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 7 milhões em bens e contas bancárias, restrições a oito veículos, e a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas. Contudo, mandados foram cumpridos também em Maringá (PR) e João Pessoa (PB).
Entre os principais alvos estão os empresários Márcio Nascimento, 49 anos, e Eliza Severino, 51 anos, que administravam a empresa. Entretanto, ambos estão foragidos após o fechamento repentino do negócio, em janeiro deste ano.

Golpe em formaturas foi planejado
A Delegacia do Consumidor (Decon), porém, apurou que a empresa continuou fechando contratos e exigindo pagamentos à vista, mesmo já planejando o encerramento das atividades com quatro meses de antecedência. Para levantar recursos, também fizeram promoções e ocultaram materiais de eventos já realizados, que seriam revendidos antes de deixarem a cidade.
Conforme o delegado Rogério Ferreira, os empresários sabiam que não poderiam cumprir os contratos. “Foi tudo planejado. Eles lesaram centenas de formandos e familiares que sonhavam com suas formaturas”, afirmou.
O caso ganhou destaque após a festa de formatura de uma turma de Medicina da Univag, marcada para 1º de fevereiro, ser cancelada. O anúncio veio um dia antes do evento, por meio de uma mensagem enviada pelo advogado da empresa. O fato pegou os estudantes e seus familiares de surpresa.
Por fim, mais de 200 boletins de ocorrência já foram registrados contra a Imagem Eventos e sua parceira, Graduar Decoração e Fotografia. Os suspeitos são investigados por crimes contra o patrimônio, contra as relações de consumo e associação criminosa. Ademais, as penas podem chegar a 13 anos de prisão.